A Generali Tranquilidade integra a sustentabilidade em todas as suas actividades, reforçando o impacto positivo.
Na Generali Tranquilidade, a sustentabilidade é encarada não apenas como uma responsabilidade corporativa, mas como uma oportunidade de liderar com impacto positivo. A empresa tem vindo a integrar práticas sustentáveis em todas as áreas da sua actividade, reforçando o papel de parceiro de confiança junto dos clientes, colaboradores e da comunidade. Em entrevista à Executive Digest, Nuno Megre, responsável pela Área de Sustentabilidade, explica as estratégias, metas e iniciativas que a empresa tem vindo a implementar para consolidar a sua posição como parceiro confiável e promotora de um futuro mais sustentável.
Que medidas têm sido implementadas pela Generali Tranquilidade para reduzir a sua pegada ambiental?
Na Generali Tranquilidade, vemos a sustentabilidade como uma oportunidade de liderar com impacto positivo. Reduzir a pegada ambiental é um compromisso firme, alinhado com a estratégia global do Grupo Generali e com a nossa ambição de apoiar clientes, colaboradores, parceiros e comunidade.
A nossa meta é clara: reduzir em 55% as emissões de gases com efeito de estufa até 2030 (face a 2019) e alcançar a neutralidade carbónica até 2035. Em Portugal continental, já utilizamos 100% de electricidade renovável, enquanto investimos na digitalização, na eficiência energética e na optimização da frota.
Mas a sustentabilidade vai além da infraestrutura: está na forma como trabalhamos e decidimos. Promovemos modelos de trabalho flexíveis, reduzimos o consumo de papel, envolvemos os colaboradores em acções ambientais e aplicamos critérios ESG em toda a cadeia de valor.
A nova assinatura – “Aqui. Agora.” – traduz a urgência deste compromisso. Porque acreditamos que o momento de agir é agora e que o impacto começa aqui, nas escolhas diárias que protegem o presente e preparam o futuro.
Qual é o peso da sustentabilidade na estratégia global da empresa em Portugal?
A sustentabilidade é um dos pilares centrais da nossa estratégia e está profundamente integrada na visão “Lifetime Partner 27: Driving Excellence”, como motor de crescimento rentável e de impacto positivo nas pessoas e no Planeta.
Para o Grupo Generali e para a Generali Tranquilidade, esta é uma convicção estratégica: acreditamos que só com uma actuação responsável e transparente podemos continuar a merecer a confiança dos nossos clientes, parceiros e stakeholders num mercado em constante evolução.
Esta visão reflecte-se na integração transversal da sustentabilidade na governação, nos incentivos, na gestão de risco e na cultura organizacional. Com metas claras e monitorização contínua, assumimos um papel activo na construção de uma sociedade mais resiliente e responsável.
A digitalização tem contribuído para diminuir o consumo de recursos. Que avanços destaca neste campo?
A digitalização é uma das principais alavancas da nossa transformação sustentável. Implementámos soluções digitais na gestão de sinistros, contratos, subscrição, comunicação e processos internos, tornando a operação mais eficiente e com menor impacto ambiental.
Estas iniciativas reduzem o consumo de papel e energia, melhoram a experiência dos clientes e aumentam a agilidade dos serviços. A aposta em plataformas digitais e modelos híbridos de trabalho permite ainda reduzir deslocações e optimizar recursos. A digitalização é, assim, um pilar da sustentabilidade e da modernização contínua da nossa actividade.
De que forma as operações do dia-a-dia – desde os edifícios até à mobilidade das equipas – estão a ser adaptadas para maior eficiência energética?
Temos vindo a adaptar as operações para aumentar a eficiência energética e reduzir a pegada ambiental. A modernização dos edifícios inclui sistemas de climatização mais eficientes e o uso de electricidade 100% renovável, já em prática na sede de Lisboa.
Na mobilidade, promovemos a electrificação da frota e incentivamos modelos de trabalho flexíveis, com teletrabalho, que reduzem deslocações e emissões. Esta abordagem alia inovação e sustentabilidade, contribuindo também para um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
A redução do papel é um objectivo transversal em muitas organizações. Como têm trabalhado esta área?
A redução do papel é uma prioridade. Apostamos na digitalização de processos e na comunicação electrónica com clientes e parceiros, substituindo gradualmente a documentação física por formatos digitais e assinatura electrónica. Estas medidas reduzem o impacto ambiental e tornam os processos mais ágeis, seguros e eficientes.
Que metas concretas definiram para os próximos anos em matéria de carbono e energia?
Alinhados com a estratégia climática do Grupo Generali, definimos metas ambiciosas em três dimensões: seguradora, investidora e empregadora responsável.
Enquanto seguradora, estamos a descarbonizar o portefólio de seguros, contribuindo para reduzir até 2030 30% das emissões da carteira automóvel e 40% da carteira empresarial, rumo à neutralidade carbónica em 2050.
Como investidora, seguimos os princípios da Net-Zero Asset Owner Alliance, visando emissões líquidas zero até 2050. O Grupo definiu metas intermédias, como a redução de 60% da intensidade de carbono da carteira de investimentos até 2030, excluindo gradualmente sectores de elevado impacto e reforçando o investimento em activos sustentáveis.
Como empregadora, estamos a transformar as operações internas para alcançar a neutralidade carbónica até 2035, com uma redução de 55% das emissões totais até 2030. Estas metas reflectem o nosso compromisso com uma transição responsável e sustentável.
A empresa envolve os colaboradores em iniciativas ambientais? Que impacto têm sentido nesse empenho interno?
O envolvimento dos colaboradores é fundamental para concretizar os nossos compromissos. Ao longo do ano, realizamos campanhas de sensibilização, formações ESG e acções no terreno, como reflorestação e recolha de resíduos.
Promovemos também o consumo local através do Mercadinho, no edifício de Lisboa, que dá a conhecer produtores e negócios portugueses focados em consumo consciente e reaproveitamento de recursos.
Apoiamos comunidades vulneráveis via The Human Safety Net, o movimento global de responsabilidade social do Grupo Generali, contando com a participação activa de colaboradores, agentes, parceiros e suas famílias.
Estas iniciativas geram impactos positivos no ambiente, na motivação, no espírito de equipa e no alinhamento com os nossos valores, reforçando o papel da Generali Tranquilidade como cidadã corporativa responsável e promovendo uma cultura de participação activa na construção de um futuro mais sustentável.
Além das operações próprias, como é que influenciam parceiros e fornecedores a adoptarem práticas mais sustentáveis?
Promovemos práticas sustentáveis em toda a cadeia de valor, influenciando parceiros, fornecedores e empresas investidas a adoptar comportamentos alinhados com os princípios ESG. Na relação com fornecedores, aplicamos critérios ambientais, sociais e de governação na selecção e avaliação contínua, incluindo cláusulas contratuais de sustentabilidade.
Como investidor responsável, excluímos sectores de elevado impacto, como carvão térmico e combustíveis fósseis não convencionais, e incentivamos empresas investidas a definir metas de descarbonização e boas práticas de governação, promovendo investimentos em soluções sustentáveis.
Enquanto seguradora, apoiamos a transformação do tecido empresarial português com iniciativas como o SME EnterPRIZE, que reconhece e dá visibilidade a pequenas e médias empresas com modelos de negócio sustentáveis e inovadores, reforçando o nosso papel como agente de mudança.
O sector segurador pode ter um papel activo na transição verde através dos produtos que oferece. Que soluções já estão disponíveis para clientes mais conscientes?
Temos vindo a adaptar o portefólio para apoiar clientes em soluções mais sustentáveis e na transição verde.
No ramo automóvel, oferecemos seguros para veículos eléctricos e híbridos, com coberturas específicas, incluindo assistência por falta de autonomia e protecção de baterias.
No ramo empresarial, disponibilizamos seguros para produção de energia renovável, como painéis solares, cobrindo danos materiais e perda de rendimento.
Nos seguros habitacionais, os multirriscos incluem coberturas reforçadas contra incêndios, inundações, tempestades e sismos, reflectindo a maior exposição a riscos climáticos. Também incentivamos a eficiência energética, com coberturas que apoiam melhorias e consultoria técnica.
Nos investimentos, o Tranquilidade Investimento Verde permite aplicar capitais em fundos com critérios ESG, alinhados com objectivos ambientais e sociais, contribuindo para uma economia mais sustentável.
Como equilibram o investimento em inovação ambiental com a pressão para manter competitividade no mercado?
Na Generali Tranquilidade, a inovação ambiental é uma oportunidade estratégica. Desenvolvemos produtos e serviços que respondem às exigências dos clientes e aos desafios ambientais, posicionando-nos como parceiro de confiança na transição verde.
Criamos soluções que promovem mobilidade eléctrica, eficiência energética, protecção contra riscos climáticos e investimento responsável, mantendo rigor técnico, acessibilidade e relevância comercial para garantir competitividade no mercado português.
Ao antecipar impactos regulatórios e reputacionais, a inovação ambiental reduz riscos operacionais e financeiros e reforça a confiança de clientes, parceiros, investidores e colaboradores. Esta abordagem integrada combina sustentabilidade, excelência técnica, digitalização, eficiência operacional e proximidade ao cliente, transformando desafios ambientais em vantagens competitivas.
Que importância têm as certificações e os relatórios de sustentabilidade na vossa estratégia?
As certificações e relatórios de sustentabilidade asseguram transparência, credibilidade e alinhamento com padrões internacionais, permitindo comunicar claramente os compromissos e progressos em ESG e reforçando a confiança dos stakeholders.
Estamos alinhados com o CSRD e as Normas Europeias de Relato de Sustentabilidade (ESRS), integrando indicadores ESG nos processos de reporte e gestão. A nível do Grupo, esta abordagem tem reconhecimento internacional, com a Generali presente nos índices Dow Jones Sustainability World e Europe, classificação MSCI ESG “AAA” e 99% no S&P Global Corporate Sustainability Assessment, reflexo do nosso esforço nesta área.
Quais os maiores desafios que o sector segurador enfrenta em Portugal para alcançar uma pegada ambiental mais reduzida?
O sector segurador enfrenta desafios na transição para operações mais sustentáveis, num contexto de alterações climáticas intensas e exigências regulatórias crescentes.
O aumento da frequência e severidade de sinistros por fenómenos naturais, como inundações, incêndios e tempestades, impacta a sinistralidade e exige revisão contínua de modelos atuariais e coberturas. Existem também lacunas de protecção significativas, sobretudo entre particulares e pequenas empresas, criando uma responsabilidade do sector em sensibilizar para o valor do seguro e promover literacia de risco.
A integração de critérios ESG em produtos, investimentos e fornecedores, aliada à adaptação às exigências regulatórias europeias, exige transformação digital e cultural nas organizações.
O sector deve promover práticas sustentáveis entre parceiros e clientes, contribuindo para uma economia mais verde e resiliente. A Generali Tranquilidade continua a aplicar estas práticas e a desafiar parceiros e fornecedores a seguir este caminho conjunto para um futuro mais responsável.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Redução da pegada ambiental”, publicado na edição de Outubro (n.º 235) da Executive Digest.














