Na sua opinião, quais deviam ser as prioridades do novo Governo em termos de reformas para que Portugal tenha um crescimento sustentável para o futuro?
O passado recente, e até mesmo, a actualidade têm sido marcados por períodos de grande instabilidade a vários níveis, nomeadamente social, económico e político. Estamos prestes a iniciar um novo ciclo governativo, pelo que “estabilidade” tem de ser a palavra de ordem, ainda que saibamos que as condições não são as mais favoráveis.
Deste modo, a estabilidade legislativa e fiscal devem ser prioridades do novo Governo, uma vez que representam elementos fulcrais à criação de emprego e de investimento no País. Portugal necessita de revitalizar a economia, para potenciar a criação de rendimento para as famílias como alicerce para a referida estabilidade.
Atendendo ao actual contexto, que expectativas a nível macroeconómico para Portugal?
Analisando os últimos anos, facilmente se percebe que a instabilidade macroeconómica vivida penalizou gravemente a economia nacional. Neste sentido, a procura de estabilidade macroeconómica tem de ser um dos pilares deste novo Governo. A expectativa é de que a inflação possa descer para valores que permitam a retoma do investimento e da procura, fomentando a criação de emprego e permitindo a recuperação do rendimento das famílias.
E quais são as expectativas para o seu sector?
O sector metalomecânico não foi imune à subida da inflação que, por sua vez, acabou por condicionar a viabilidade de vários investimentos nacionais e estrangeiros. Espera-se agora que o novo contexto político traga consigo um também novo contexto económico, onde se verifique uma estabilização dos preços. Neste cenário, espero que a retoma da normalização possível do mercado aporte também a retoma da procura.














