Portugal deverá ter direito a 6,9 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, que esta segunda-feira mostrou ter 70% de eficácia contra o novo coronavírus, uma boa notícia que pode colocar o pais mais perto de acabar com a crise de saúde pública.
A notícia foi avançada em Agosto pela TSF e confirmada depois pela Autoridade do Medicamento e Serviços de Saúde, Infarmed. Portugal iria receber 6,9 milhões como parte dos 400 milhões que a União Europeia tinha já reservado, na mesma altura.
We deliver on our promises.@EU_Commission concluded first agreement on purchase of up to 400 million doses of future @AstraZeneca vaccine against COVID-19.
We’re committed to safeguard the health of Europeans & our global partners #StrongerTogether https://t.co/HvtW9NVAHa pic.twitter.com/4WvXwSgVqf
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) August 14, 2020
O Infarmed disse logo na altura que a primeira remessa, no total de 690 mil vacinas, poderia chegar já em dezembro e que o lote de 6,9 milhões de vacinas seria correspondente à quota portuguesa do lote da União Europeia.
Hoje soube-se que a vacina em questão desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca e pela Universidade de Oxford tem uma eficácia média de 70%, segundo um comunicado divulgado, o que melhora as esperanças portuguesas na luta contra a doença viral.
Estes são resultados provisórios dos ensaios clínicos em grande escala desenvolvidos no Reino Unido e no Brasil, diz a AstraZeneca. Em relação aos dados já disponíveis, esta vacina apresenta uma taxa de eficácia média menor do que as divulgadas pela Pfizer/BioNTech ou pela Moderna, que ultrapassam os 90%.
Segundo a nota divulgada, nenhuma hospitalização ou casos graves da doença foram relatados entre os participantes nos testes que receberam a vacina e houve 131 casos de covid-19 registados na análise provisória.
Um regime de dosagem mostrou uma eficácia da vacina de 90% quando foi administrada inicialmente em meia dose, seguida por uma dose completa com pelo menos um mês de intervalo. Outro regime de dosagem mostrou uma eficácia de 62% quando administrada em duas doses completas com pelo menos um mês de intervalo.
A análise combinada de ambos os regimes de dosagem resulta numa eficácia média de 70%, explica a empresa, acrescentando que “mais dados continuarão a ser acumulados e análises adicionais serão desenvolvidas, refinando a leitura da eficácia para estabelecer a duração da proteção” conferida.
“A AstraZeneca irá agora preparar o envio regulamentar dos dados às autoridades em todo o mundo para que tenham uma estrutura em vigor para aprovação condicional ou antecipada”, refere o laboratório, que procurará incluir esta vacina na lista de uso de emergência da Organização Mundial da Saúde para acelerar a disponibilização da vacina em países de subdesenvolvidos.
O diretor executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot, considera o dia de hoje como “um marco importante” na luta contra a pandemia, sublinhando: “A eficácia e segurança desta vacina confirmam que será altamente eficaz contra a covid-19 e terá um impacto imediato nesta emergência de saúde pública”.














