PHC: «Estamos a assistir a uma nova revolução industrial»
A IA tem vindo a aumentar o valor trazido aos clientes, trazendo verdadeiros superpoderes à gestão.
Na vida das empresas mudará este ano com a aceleração tecnológica e, no caso da PHC, a integração de IA ajudará as empresas a perder menos tempo nas suas tarefas de gestão, a evitar os erros humanos e a contribuir para tomar melhores decisões de negócio. Em entrevista à Executive Digest, Ricardo Parreira, CEO da PHC, explica os principais desafios e oportunidades da tecnologia nas empresas.
Como é que a PHC se está a preparar para lidar com os desafios e as oportunidades que a Robótica e a Inteligência Artificial apresentam?
A inteligência artificial traz muitas potencialidades à gestão das empresas. Sabemos que os nossos clientes podem beneficiar com isso e temos integrado vários automatismos que ajudam as várias áreas da empresa a reduzir o tempo gasto em tarefas rotineiras. Os algoritmos inteligentes já são parte do software PHC, permitindo poupar tempo e analisar maiores quantidades de dados, auxiliando os gestores a tomar melhores decisões e melhorar as suas empresas. Temos investido muito nesta área e continuaremos a fazê-lo com muitas novidades que vão elevar as empresas portuguesas a um novo patamar de gestão. Esta é uma nova era.
Mas para isso importa que as pessoas estejam preparadas e será necessário desenvolver novas competências para a acompanhar. Na PHC temos investido muito em formação e integração de ferramentas de inteligência artificial, porque sabemos que este é o caminho para uma maior produtividade e maior competitividade das empresas. Capacitamos as nossas equipas internas, mas também junto da nossa comunidade de parceiros certificados na linha da frente da implementação das nossas soluções.
Sendo a PHC uma empresa inovadora, quais os principais objectivos e benefícios que procuram ao implementar a Robótica e a Inteligência Artificial nas vossas operações?
Sabe-se hoje que as integrações de ferramentas de IA nas operações de uma empresa levam a um aumento da velocidade no desempenho das tarefas de aproximadamente 30%. Mas, esse aumento compromete a entrega e, em média, aumenta em cerca de 20% a sua qualidade.
Estamos focados em implementar esse tipo de soluções no software para possibilitar uma melhor gestão, para as pessoas serem mais felizes. Se conseguirmos produzir software de forma mais ágil e entregar um produto de qualidade crescente ao nosso cliente, vamos conseguir mudar a gestão de cada vez mais empresas. E vamos garantir internamente que as pessoas são mais felizes. Hoje, o software PHC está claramente nesse caminho, com algoritmos que aumentam a produtividade coletiva de uma empresa e com ferramentas que criam possibilidades de interpretação de dados, cumprimento de tarefas e uma assistência ao dia a dia de trabalho que antes não era possível.
Como é que a PHC está a promover a colaboração entre humanos e máquinas nos seus processos com a Robótica e Inteligência Artificial?
Estamos focados em ajudar os gestores portugueses a compreender e dar os primeiros passos na era da inteligência artificial. Só conseguiremos tirar partido destas ferramentas se as usarmos bem e, para isso, importa ter a capacidade de dar as indicações corretas às ferramentas e refinar os resultados que tenhamos. Nesta fase a formação é essencial. Porque sem formação, nem toda a gente conseguirá adquirir as novas competências necessárias para aproveitar o potencial da inteligência artificial.
Por outro lado, teremos de garantir que os nossos clientes percebem a vantagem que a inteligência artificial no software PHC lhes dá, a vários níveis. É por importante que haja uma consciência genérica sobre AI, mas também dos benefícios que as ferramentas trazer. Ou seja, do macro para o micro. E no que respeita ao software PHC teremos de explicar aos gestores exatamente o que o software faz e que casos práticos ele pode implementar no seu dia a dia. Esta consciência é-nos muito importante.
De que forma é que a Robótica e a Inteligência Artificial está a mudar a vossa indústria?
A Inteligência Artificial (IA) desempenha um papel significativo na transformação da indústria de software de gestão. Nomeadamente ao nível da automatização de tarefas repetitivas, permitindo, por exemplo, actualizações de inventário e reconciliação bancária automatizadas, que se traduz na poupança de tempo e redução de erros humanos. Mas também na inserção se análises de dados avançadas, com sistemas de gestão que agora podem analisar os dados de uma forma que os humanos antes não conseguiam, permitindo uma previsão e optimização de recursos em áreas como as vendas, logística, recursos humanos, entre outras. Mas também na experiência de utilização como o software a ajudar os utilizadores no desempenho das suas tarefas.
No fundo, a IA tem vindo a aumentar o valor trazido pelos nossos produtos aos clientes, trazendo verdadeiros superpoderes à gestão. Tem mudado como pensamos o próprio software PHC, que muito além de um centro para gestão de empresarial, tem se tornado num verdadeiro auxiliar para a gestão da empresa.
Quais são os sectores específicos dentro da PHC que já estão a beneficiar da implementação da Robótica e Inteligência Artificial?
Desde cedo começamos a explorar a inteligência artificial para as áreas de marketing e criação de conteúdo. As nossas equipas de vendas e de suporte, começaram também dar uso a estas ferramentas na gestão do contacto com clientes e parceiros. No desenvolvimento começamos a entender as potencialidades e a formar as equipas para integrarem IA nos seus processos. E na área financeira, as equipas têm tirado partido das potencialidades que estão já disponíveis no nosso software.
A PHC avançou este ano com uma nova campanha de recrutamento concebida com recurso a ferramentas de Inteligência Artificial. Que balanço fazem e quais as vantagens?
A campanha foi desenvolvida pela nossa agência de comunicação, Aurora, que com apenas três pessoas, e no espaço de uma semana, fez o que seria normalmente feito por sete pessoas em um mês. O resultado foi exatamente o que pretendíamos, com uma campanha que mostra as vantagens de trabalhar na PHC e cria um vínculo emocional forte com os candidatos. Triplicámos as candidaturas à PHC, por isso, podemos dizer que há um ganho enorme na rapidez de entrega e também no resultado efectivo da campanha.
No que respeita à cibersegurança, quais são as principais medidas e estratégias adoptadas para proteger as operações?
Temos que garantir a total privacidade dos dados. Treinar o modelo com informações que não sejam privadas. Caso contrário entramos num terreno reprovável. Esta deve ser a discussão que se segue, quando falamos em inteligência artificial.
Como perspectivam o futuro da Robótica e da Inteligência Artificial?
O futuro será certamente mais produtivo e em evolução exponencial. Estamos a assistir a uma nova revolução industrial, sem dúvida e temos de ter o software pronto para lhe dar resposta. Só assim conseguiremos continuar a dar as melhores ferramentas para tirar o melhor do trabalho humano. Este é um ponto importante: o software não substitui as pessoas, dá-lhes superpoderes.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Robótica e Inteligência Artificial”, publicado na edição de Setembro (n.º 210) da Executive Digest.