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XXXVIII BARÓMETRO EXECUTIVE DIGEST: Raul Neto, Randstad Portugal

A análise de Raul Neto, CEO da Randstad Portugal

Os resultados do 38º barómetro confirmam e dão eco ao sentimento dos diversos agentes económicos, em que o crescimento será baixo, a que não é alheia a excessiva carga fiscal para as empresas, daí que 86% dos inquiridos consideram existir espaço para a diminuição do IRC até 2027. Por outro lado, o peso do Estado na economia continua a ser uma preocupação, sendo natural que a reforma da Administração Pública e a sua eficiência sejam as prioridades identificadas como mais prementes.

O tema da aposta no aumento da competitividade para promover o crescimento aponta o aumento do investimento em automação e tecnologia, e a revisão de custos e aumento da eficiência operacional como os fatores fundamentais. Esta mesma conclusão está alinhada com a recomendação efetuada por Mário Draghi no seu relatório sobre o futuro da competitividade europeia, face ao menor crescimento da Europa comparativamente com outras economias mundiais, e que é semelhante à realidade do nosso país, não sendo por isso surpreendentes as perspectivas pouco otimistas do ex-presidente do Banco Central Europeu traçadas no seu relatório.

É importante lembrar que para investir em inovação e desenvolvimento é preciso também aumentar o financiamento, reduzir a excessiva burocratização, que apenas bloqueia e atrasa o progresso e o desenvolvimento da economia. Sem nunca esquecer da importância estratégica das pessoas nestes processos de transformação, sendo elas a garantia de sucesso seja em que contexto for.

Testemunho publicado na edição de Outubro (nº. 223) da Executive Digest, no âmbito da XXXVIII edição do seu Barómetro.






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