A luta ainda não acabou. Com mais 136 mil casos em 24 horas, pandemia ultrapassa recorde diário
Domingo registou o maior número de casos de Covid-19 num só dia em todo o mundo, com mais de 136 mil doentes em 24 horas, assinalou a Organização Mundial da Saúde (OMS), na sua habitual conferência diária sobre a pandemia.
O líder da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, constatou que «quase 75% dos casos reportados ontem provêm de 10 países, sobretudo da América e do Sul da Ásia». Por outro lado, lembrou que «a maioria dos países de África continuam a registar um aumento do número de casos Covid-19», com alguns a dar conta de novos focos de infecção. Ainda assim, grande parte regista, para já, menos de mil casos confirmados.
«Vemos também um número crescente de casos de Covid-19 em partes do Leste Europeu e da Ásia Central», afirmou. Ao mesmo tempo, acrescentou, «sentimo-nos encorajados pelo facto de vários países em todo o mundo estarem a apresentar sinais muito positivos». Ainda assim, Tedros avisou que o combate ao novo coroanvírus ainda não terminou.
Pelo contrário, os países devem continuar a esforçar-se para conter a propagação da doença, recomendou o director-geral da OMS, sublinhando que a pandemia está a agravar-se a nível mundial e que ainda não atingiu o seu pico na América Central. «Mais de seis meses em pandemia, esta não é altura de nenhum país tirar o pé do pedal», alertou.
Por sua vez, Mike Ryan, director do programa de emergência da OMS, reiterou que os casos de infecção nos países da América do Sul estão a aumentar. «Este é um momento de grande preocupação», disse, apelando a uma forte liderança e ao apoio internacional à região.
Também presente, a directora do programa de emergências sanitárias da OMS, Maria Van Kerkhove, defendeu igualmente que é necessária uma «abordagem global» para vencer a pandemia na América do Sul, concluindo com um recado: «Isto está longe de ter acabado».
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 403 mil mortos e infectou mais de sete milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência “France-Presse”.