Mais de 70% das empresas consideram a gestão de dados um ativo estratégico para o seu negócio, revela estudo

Segundo a Gartner, até 2025, 75% das médias e das grandes empresas terão estabelecido uma função formal de gestão de dados como parte da sua estrutura de gestão

Francisco Laranjeira
Setembro 26, 2025
17:52

Os dados tornaram-se um ativo crítico e a figura do Chief Data Officer (CDO) consolida-se como um ator estratégico dentro das organizações. Longe de se limitar à gestão técnica da informação, o seu verdadeiro valor reside na capacidade de transformar dados em ferramentas para a tomada de decisão, ganhos de eficiência e crescimento transversal.

Segundo a Gartner, até 2025, 75% das médias e das grandes empresas terão estabelecido uma função formal de gestão de dados como parte da sua estrutura de gestão. Esta evolução responde a uma necessidade crescente: institucionalizar os dados como parte integrante da estratégia de negócio, e não como um recurso isolado.

A cultura dos dados como vantagem competitiva

O papel do CDO vai muito além da tecnologia. A sua contribuição estratégica mede-se pela criação de produtos de dados com impacto real no negócio. Esses produtos, que devem ser úteis, escaláveis e reutilizáveis, funcionam como catalisadores para melhorar a eficiência operacional e reforçar a tomada de decisões baseada em evidências.

O indicador-chave do sucesso de uma área de dados já não é a quantidade de relatórios gerados, mas sim o número de utilizadores ativos que consultam, solicitam e reutilizam essa informação. Esta métrica — inspirada nos modelos das startups — reflete o grau de adoção dos dados dentro da organização.

Uma área de dados com mentalidade ágil e visão partilhada

Longe de um enfoque burocrático, a área de dados deve funcionar como uma startup interna: ágil, iterativa e centrada no utilizador. Esta visão traduz-se em incentivar a criação de produtos de dados em todas as áreas do negócio, promovendo uma participação ativa que amplifique a inteligência coletiva da organização. Implica também uma avaliação contínua do ciclo de vida de cada produto, considerando o seu custo, retorno e relevância para garantir a sua utilidade e eficiência.

Ao mesmo tempo, requer o incentivo à partilha de informação entre diferentes unidades, eliminando barreiras internas e promovendo a reutilização de insights com uma abordagem colaborativa. Os dados são o único recurso inesgotável da empresa, mas para que se tornem uma verdadeira vantagem competitiva, é necessária uma estratégia sólida de gestão, uma cultura partilhada e uma visão transversal que os posicione como um componente essencial do negócio.

“O verdadeiro impacto do Chief Data Officer não se mede pela quantidade de relatórios ou dashboards gerados, mas pela sua capacidade de transformar a cultura da organização, consolidando os dados como um recurso imprescindível para inovar, colaborar e crescer”, afirma Iván Piñar del Prado, Head of Big Data & Data Governance na Stratesys.

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