A análise de Luís Mergulhão, Presidente e CEO do Omnicom Media Group
Os dados revelados pelo 43.º Barómetro da Executive Digest revelam dados que têm sido de alguma forma permanentes ao longos dos tempos: a importância que é dada pelos empresários e gestores ao Estado e ao Governo através das medidas de políticas esperadas no evoluir da economia portuguesa e no evoluir dos seus negócios. A dimensão do nosso mercado, a fragilidade nas capacidades de financiamento de alguma forma para isso contribuirá. Todavia, percepções/tendências importantes surgem: o desvalorizar total da componente de sustentabilidade (nos últimos tempos uma bandeira exacerbada, até na comunicação); a necessidade de mão-de-obra proveniente de emigrantes, embora regulada de modo diferente (afastando-se muito do terreno ideológico onde a questão ganhou dimensão pública); a adopção do novo termo, agora na moda, da IA (superando a da inovação tecnológica); e o reconhecimento de que questões externas ao nosso país (denominadas agora geopolíticas) têm no evoluir da nossa economia. Ao mesmo tempo, os sinais de estabilidade/previsibilidade estão, como habitualmente presentes, ao reconhecer os empresários e gestores que a prestação das suas empresas no primeiro semestre do ano correu dentro ou acima da média (3/4 dos inquiridos). Este quadro é assim bastante positivo, pela lucidez, cautela, e realismo, elementos sempre necessários para gerir e desenvolver negócios em Portugal.
Testemunho publicado na edição de Agosto (nº. 233) da Executive Digest, no âmbito da XLIII edição do seu Barómetro.














