Quais os melhores países europeus para alcançar um bom equilíbrio entre vida pessoal e profissional, segundo dois novos estudos divulgados esta semana pelas plataformas Remote e JobLeads?
A análise da JobLeads avaliou indicadores como idade da reforma, horas anuais de trabalho, taxa de burnout, trabalho remoto e faltas por doença, revela a ‘Euronews’. O Luxemburgo lidera este ranking, destacando-se por uma semana laboral de 35 horas e uma média de 14 dias de baixa médica por trabalhador – mais do que a média europeia. Os luxemburgueses passam, em média, quase 48 anos das suas vidas fora do mercado de trabalho, o segundo valor mais alto da Europa, atrás apenas de Itália.
Contudo, o país regista uma taxa de esgotamento profissional de 11,6%, considerada elevada, possivelmente devido ao elevado número de trabalhadores em regime de teletrabalho a tempo inteiro.
Já o estudo da Remote, que analisou as 60 maiores economias do mundo por PIB, considerou a Irlanda como o melhor país europeu para se trabalhar, atrás apenas da Nova Zelândia a nível global. O relatório teve em conta critérios como segurança, inclusão LGBTQ+, salário-base, número de feriados obrigatórios e jornada laboral.
A Bélgica surge bem posicionada em ambos os estudos: terceiro lugar no da Remote e quarto no da JobLeads. Os belgas trabalham, em média, 34,1 horas por semana – menos do que os trabalhadores de países como Luxemburgo, França ou Suécia – e beneficiam de boas políticas de licenças e feriados. No entanto, a idade da reforma, atualmente nos 66 anos, penaliza a sua posição relativa.
Alemanha e França apresentam desempenhos mistos. A Alemanha teve uma boa classificação no estudo global da Remote, graças ao aumento dos subsídios de doença e à melhoria em indicadores de bem-estar, mas perde posição em contexto europeu devido à elevada idade da reforma (67 anos) e longa duração da carreira profissional (40 anos). A França, por sua vez, ficou em segundo lugar no ranking europeu da JobLeads, mas apenas em 16.º lugar na análise da Remote, penalizada por um salário mínimo considerado baixo e menor pontuação em segurança.
Além destes países, outras nações europeias como Noruega, Dinamarca, Espanha e Finlândia também figuram no top 10 global da Remote. Já os Estados Unidos caíram para o 59.º lugar, devido à perceção negativa em segurança pública e direitos LGBTQ+, ficando apenas à frente da Nigéria.














