Funchal tem uma comunidade migrante de 7.400 pessoas de 80 nacionalidades

A população migrante residente no concelho do Funchal, na Madeira, é de 7.400 pessoas, de 80 nacionalidades, indicou hoje o município, referindo que a habitação e a barreira linguística são os principais problemas que a comunidade enfrenta. “As cidades não são neutras no que diz respeito ao tema das migrações. As cidades ou integram ou excluem. A cidade do Funchal fez uma escolha clara e o que fazemos é trabalhar de forma aprofundada na área da integração dos migrantes”, disse a vereadora responsável pelo pelouro da Diáspora e das Migrações, Ana Bracamonte. A autarca falava no âmbito da apresentação…

Executive Digest com Lusa
Julho 11, 2025
14:02

A população migrante residente no concelho do Funchal, na Madeira, é de 7.400 pessoas, de 80 nacionalidades, indicou hoje o município, referindo que a habitação e a barreira linguística são os principais problemas que a comunidade enfrenta.

“As cidades não são neutras no que diz respeito ao tema das migrações. As cidades ou integram ou excluem. A cidade do Funchal fez uma escolha clara e o que fazemos é trabalhar de forma aprofundada na área da integração dos migrantes”, disse a vereadora responsável pelo pelouro da Diáspora e das Migrações, Ana Bracamonte.

A autarca falava no âmbito da apresentação do Estudo de Diagnóstico da Comunidade Migrante no Funchal, encomendado pela autarquia (PSD/CDS-PP) e que, disse, traça um “retrato fiel e objetivo” da realidade do concelho, o mais populoso da Região Autónoma da Madeira.

Os dados estatísticos reportam a 2023, quando residiam no arquipélago 14.000 estrangeiros, oriundos de 123 nacionalidades, dos quais 7.400, de 80 nacionalidades, no concelho do Funchal.

De acordo com Ana Bracamonte, as nacionalidades predominantes são Venezuela, Brasil e Alemanha.

“Temos aspetos positivos e temos desafios”, disse, sublinhando como aspeto positivo o facto de em 2023 a população migrante ter sido responsável por 39% dos nascimentos registados no concelho e, por outro lado, ter preenchido lacunas no mercado de trabalho, nomeadamente na hotelaria e restauração.

Já em relação aos desafios, apontou o acesso à habitação como o principal, mas também destacou as dificuldades no acesso aos serviços decorrentes da barreira linguística.

“A solução passa por trabalhar em rede com diversas entidades”, defendeu.

Iniciado em abril, o Estudo de Diagnóstico da Comunidade Migrante no Funchal teve por base cerca de 500 entrevistas, entre imigrantes, emigrantes portugueses que regressaram e organizações da sociedade civil que representam ou trabalham com comunidades migrantes.

“O estudo teve um nível de participação superior a municípios como Cascais e Amadora, o que demonstra a coesão social que existe e o interesse em participar neste tipo de estudos e implementar soluções”, realçou a vereadora Ana Bracamonte.

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