Randstad Insight: Liberdade para trabalhar
Por Isabel Roseiro | Marketing & Communications director da Randstad Portugal
Se ao contexto de escassez de pessoas adicionarmos a intenção de procurar um novo desafio profissional, manifestada por um em cada quatro profissionais, podemos prever que a batalha pelo talento se vai manter. Vivemos num mercado laboral exigente, onde a procura excede largamente a oferta no que diz respeito a profissionais qualificados, pelo que as empresas devem procurar estratégias que lhes permitam atrair e reter os melhores profissionais.
É por isso importante compreender o que leva um profissional a procurar um novo desafio. Segundo o estudo Randstad Employer Brand Research, é essencialmente a procura de melhores salários e benefícios, para fazer face ao aumento do custo de vida, assim como o desejo de melhorar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Se analisarmos em maior profundidade este último ponto, verificamos que vivemos uma mudança de paradigma, onde a conciliação entre a vida profissional e pessoal passou a ser o mais importante de todos os factores. Segundo os mais recentes dados do Workmonitor da Randstad, o work-life balance é mais valorizado do que o salário, havendo mesmo 48% dos profissionais inquiridos que deixariam o emprego se este não lhes permitisse aproveitar a vida.
Dados recentes do INE apontam para um ligeiro aumento do trabalho remoto, ultrapassando os 900 mil profissionais em Portugal no final de 2023, mostrando a importância de serem mantidos os novos modelos de trabalho para atrair e reter o talento. Para os profissionais com maior nível de qualificação este factor é ainda mais relevante, já que, segundo o Workmonitor, 39% dos profissionais afirmam que trabalhar a partir de casa é não negociável. Na hora de escolher o empregador ideal, à conciliação entre a vida pessoal e profissional juntam-se outros fatores, como um ambiente de trabalho agradável, a progressão de carreira e a estabilidade profissional. Cabe às lide ranças o desafio de estarem se este não lhes permitisse aproveitar a vida. Dados recentes do INE apontam para um ligeiro aumento do trabalho remoto, ultrapassando os 900 mil profissionais em Portugal no final de 2023, mostrando a importância de serem mantidos os novos modelos de trabalho para atrair e reter o talento. Para os profissionais com maior nível de qualificação este factor é ainda mais relevante, já que, segundo o Workmonitor, 39% dos profissionais afirmam que trabalhar a partir de casa atentas às tendências, ao mesmo tempo que ouvem os seus colaboradores, para compreenderem as suas necessidades, que variam em função da fase de vida e da carreira em que se encontram.
No ano em que celebramos 50 anos de liberdade, também os profissionais exigem às empresas essa liberdade sob a forma de flexibilidade, seja de horário, de local de trabalho ou de dias de trabalho, que lhes permita alcançar o desejado equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Artigo publicado na Revista Executive Digest n.º 218 de Maio de 2024