A Fundação PHC lançou um novo projeto para a aquisição de competências para a sociedade digital. O programa de formação vai permitir aos jovens desenvolver competências para o futuro do trabalho.
A primeira edição do Programar do Zero Summer Camp arrancou com mais de três dezenas de jovens entre os 12 e os 15 anos, que durante a semana passada desenvolveram competências técnicas e comportamentais que serão fundamentais para a inserção no mercado de trabalho do futuro.
O Programar do Zero Summer Camp não teve qualquer custo para os participantes, e enquadra-se no trabalho da Fundação PHC, nomeadamente, na construção de uma sociedade mais capacitada para o domínio, compreensão e redução de comportamentos de risco na era digital.
Além da aprendizagem de programação, a iniciativa foi composta por ações de consciencialização para questões como o cyberbullying e a proteção de dados online.
“Quando falamos de literacia digital não nos podemos resumir à questão técnica. É importante, mas temos de capacitar a sociedade para todos os desafios que temos pela frente. Apenas assim conseguiremos a igualdade e inclusão que todos desejamos. Ninguém pode ficar de fora, independentemente da sua idade, aptidão ou localização”, afirma Rute Ablum, presidente da Fundação PHC.
A responsável adianta ainda que, para além da capacitação dos mais jovens, a Fundação PHC está a preparar uma iniciativa de inclusão para os mais seniores. “Quando vemos que mais de metade dos seniores em Portugal não se consideram aptos para gerir coisas para nós tão simples como fazer o IRS ou consultar a receita médica online, sabemos que temos de agir. Ninguém pode ficar para trás”.
De acordo com um estudo lançado no ano passado pela Fundação PHC, apenas 28% da população portuguesa diz ter algum conhecimento de programação informática e que só 44% da população mais sénior se considera autónoma no uso diário de tecnologia.
