Afinal, os cartões e os telemóveis podem (ou não) andar juntos?
Já lhe aconteceu querer usar um cartão e ele não funcionar? Pode ser um cartão de débito, crédito ou até mesmo do hotel onde está hospedado e que serve para abrir a porta do quarto.
Muitas vezes, a primeira causa apontada é o facto de guardarmos os cartões na carteira, que guardamos junto ao telemóvel. Mas será o telemóvel o grande responsável por arruinar os nossos cartões? Primeiro convém saber de que cartões estamos a falar.
Tipos de cartões mais comuns
- Cartões de banda magnética: possuem uma faixa escura no lado de trás, como é o caso dos cartões bancários, cartões de cliente ou os cartões “chave” dos quartos de hotel. Ao passá-lo num leitor compatível, o sistema lê os dados gravados nessa banda e consegue verificar e validar as respectivas informações
- Cartões com chip eletrónico: o melhor exemplo são os cartões atuais dos bancos. Além do chip, muitos mantêm a banda magnética. O chip está na frente do cartão do lado esquerdo e armazena uma série de informações com mais segurança do que a banda magnética
- Cartões de proximidade: ao contrário dos cartões só com banda magnética e chip, os de proximidade não precisam de ser inseridos em equipamentos para funcionar. Basta que os aproximemos de um sistema de leitura compatível para que cumpram a sua função. Os exemplos mais comuns são os cartões bancários contactless, que também acumulam chip e banda magnética, ou os dos transportes públicos.
O que pode estragar os seus cartões
Apesar de os telemóveis assumirem, neste cenário, o papel de vilões, a probabilidade de serem a causa para que os cartões deixem de funcionar é mínima, explica a DECO. Apenas os cartões de banda magnética são suscetíveis de ter a sua informação adulterada ou apagada com alguma facilidade, por ação de campos magnéticos.
Os telemóveis têm um pequeno íman nalguns componentes, como o auscultador, o altifalante ou o motor responsável pela vibração. Mas, apesar de blindados, os campos magnéticos criados são muito fracos para desmagnetizar os cartões.
Existem, no entanto, vários objetos que utilizamos no nosso quotidiano e que incluem ímanes: fecho de malas e carteiras, capas para telemóveis com fechos magnéticos, suportes magnéticos para telemóveis, etc. Quando em contacto ou muito próximos de cartões com banda magnética, estes poderão ser responsáveis pelos cartões deixarem de poder ser lidos.
A banda magnética é uma “faixa” de partículas magnetizadas e o íman poderá exercer influência sobre esta “faixa”, desalinhando a informação nela contida e provocando a desmagnetização do cartão.
Mas as principais causas para os cartões deixarem de funcionar são outras:
- riscar, molhar ou dobrar os cartões de banda magnética;
- exposição prolongada ao sol;
- sujidade, sobretudo no caso dos cartões com chip.
Evite guardar cartões no bolso ou deixá-los expostos a ambientes agressivos, expostos ou sol, poeiras ou sujidade.
Se é verdade que o smartphone não é o grande responsável por estragar os seus cartões, é pelo menos aconselhável não o juntar à carteira – que usualmente é onde guarda os seus cartões.
Cuidados com o telemóvel
No dia a dia, há outros erros a evitar com o smartphone, para prolongar a sua vida útil.
- Não atualizar o sistema operativo: as atualizações visam corrigir bugs e falhas de segurança, tornando os aparelhos menos vulneráveis. Já as novas versões do sistema operativo, e que normalmente surgem uma vez por ano, introduzem melhorias e novas funcionalidade, pelo que não devem também ser descartadas.
- Nunca desligar o smartphone: reinicie o equipamento pelo menos uma vez por semana para permitir que, no arranque, este execute algumas operações de manutenção e para que os dados temporários de algumas aplicações sejam limpos e permitam um funcionamento mais rápido.
- Não ativar o bloqueio automático do equipamento: para impedir intromissões nos dados privados e evitar o roubo de informação sensível, configure o pin ou uma senha. O ideal é optar pelo bloqueio automático depois de algum tempo de inatividade.