Maddie McCann: principal suspeito escreve carta a garantir que não vai à Praia da Luz desde 2006, um ano antes do rapto

Christian Brueckner garantiu que não vai à Praia da Luz desde 2006, um ano antes do rapto de Maddie McCann: o principal suspeito escreveu uma carta, a partir da prisão, no qual garantiu nada ter a ver com o desaparecimento da criança britânica. “Deixei a propriedade [na Praia da Luz] a 8.04.2006 e nunca mais regressei”, pôde ler-se na carta, publicada pelo jornal espanhol ‘Cuatro al Día’.

As autoridades portuguesas, acompanhadas por elementos da polícia britânica e alemão, realizaram buscas esta semana na barragem do Arade, em Silves, a cerca de 50 quilómetros da Praia da Luz. Foram feitas várias escavações no terreno para tentar encontrar os restos mortais ou algum objeto ligado a Maddie McCann.

Os vestígios encontrados vão ser analisados na Alemanha.

As buscas terão sido motivadas pela descoberta de diversas fotos, encontradas na casa do principal suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann – nas fotos em questão estavam diversos locais da região da barragem. A polícia alemã obteve os vídeos e fotos, que se acredita terem sido encontrados enterrados no “covil secreto” do pedófilo numa fábrica em ruínas na vila alemã de Neuwegersleben, a 105 quilómetros a sudeste de Hanover.

A barragem do Arade era um local frequentado por Christian Brueckner, suspeito do desaparecimento da menina britânica, então com 3 anos. O alemão, 45 anos, está a cumprir pena em Kiel (Alemanha) por outro crime. Foi também acusado em outubro do ano passado pela justiça alemã de três crimes de violação e dois de abusos sexuais de crianças em território português, alegadamente cometidos entre 2000 e 2017.