“Esta guerra terá custos enormes na vida de todos nós”, indica Presidente da República

Marcelo Rebelo de Sousa falou, esta segunda-feira, aos portugueses para preparar para o que aí vem devido às consequências que resultam do conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

“Quero deixar-vos cinco palavras sobre o futuro imediato: primeiro, a quase unanimidade na condenação do mundo da agressão russa à Ucrânia, só com quatro votos contra em todos os membros das Nações Unidos, além da Rússia, revelou por um lado o chocante no tempo, na legitimidade e no alcance dessa intervenção. Por outro lado, a extrema preocupação pela instabilidade e incertezas criadas com a violação de princípios básicos, o desrespeito pelo direito internacional. Não há como negar, a comunidade internacional rejeitou o que considerou intolerável”, apontou o Presidente da República.

“As mesmas duas semanas e meia já vividas permitem dizer que é visível um crescente o apelo generalizado a um abreviar da guerra”, garantiu, lembrando os riscos de uma “nova e mais complexa Guerra Fria”, “destruindo décadas de diálogo sobre a paz, combate às desigualdades, miséria, fomes, clima e ainda há pouco a saúde global”. “Não há como negar que é dramaticamente urgente encurtar a guerra na Ucrânia mas com serenidade e não com expedientes”.

“O que já se passou teve, tem e terá custos enormes na vida de todos nós, nomeadamente na Europa. Não há como negar ou fazer de conta que esses custos não cairão de uma forma ou de outra nas nossas vidas. E há que enfrentá-los, com a mesma coragem dos últimos dois anos”, exortou o Presidente.

“Em Portugal, sabemos o que devemos continuar a fazer: condenámos o que todos condenaram, e muito antes da maior parte desses todos. E ainda hoje condenámos unanimemente no Conselho de Estado. Unimos o que deve ser unido, para que a condenação se revele consequente. NA UE, na NATO e nas Nações Unidas. Acolhemos quem deve ser acolhido, trabalharemos pelo fim da guerra e afirmação da paz, o que é o contrário de uma guerra generalizada. Não nos iludimos com os tempos muito difíceis que aí vêm. Temos de garantir bens essenciais, apoiar as empresas sobretudo as dos sectores cruciais. Temos de exigir dos responsáveis contenção das palavras”, finalizou Marcelo Rebelo de Sousa.

“Tal como durante a pandemia, acreditamos que vale a pena fazer mesmo tudo para que a paz chegue depressa.”

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