Sabe como a subida das taxas Euribor vai influenciar os créditos à habitação? Simulador do Doutor Finanças ajuda-o a compreender
A empresa portuguesa especializada em finanças pessoais e familiares lançou esta quinta-feira um simulador para ajudar as pessoas a perceberem os impactos da subida das taxas Euribor nas prestações dos seus créditos à habitação.
O Diretor-Executivo do Doutor Finanças, Rui Bairrada, salienta, em comunicado enviado às redações, que “já não há dúvidas quanto ao aumento das prestações de Crédito Habitação, pois essa realidade vai mesmo acontecer”. “A grande questão, neste momento, é perceber quando e quanto vai aumentar”, acrescenta.
O novo “Simulador da variação da Euribor no Crédito Habitação” é uma nova solução que permite perceber de que forma os aumentos das taxas Euribor fazem subir as prestações das casas dos portugueses.
Desde 2015 que as taxas Euribor se têm mantido em terreno negativo, mas no passado mês de abril a taxa a 12 meses passou a barreira dos 0% para terreno positivo, para os 0,0131%. As taxas a três e seis meses mantêm-se em valores negativos, mas têm vindo a aproximar-se do zero.
Hoje foi noticiado que as três taxas Euribor registaram subidas. A taxa a três meses subiu para -0,348%, mais 0,020 pontos e um novo máximo desde julho de 2020. A taxa a seis meses está agora nos -0,096%, mais 0,030 pontos do que na sessão passada e o valor mais alto desde março de 2016, e a taxa a 12 meses alcançou os 0,344%, mais 0,031 pontos, um novo máximo desde outubro de 2014.
O Doutor Finanças aponta que desde fevereiro deste ano as taxas Euribor têm vindo a aumentar, depois de os números crescentes da inflação terem colocado em cima da mesa a possibilidade de o Banco Central Europeu poder subir as taxas de juro. São esperados dois aumentos das taxas de juro para este ano, em julho, de 25 pontos-base, e em setembro. Contudo, não estão fora da equação mais aumentos até ao final de 2022, embora seja pouco provável que aconteçam.
A empresa aponta como exemplo que uma pessoa com um crédito de 100 mil euros, com um spread de 1,2% e com 300 prestações em falta, pagaria 367,13 euros por mês, com uma taxa Euribor a seis meses com valores de março. Contudo, “se a média da Euribor aumentar para 1%, esta prestação aumenta quase 19 euros, para 385,99 euros”, alerta o Doutor Finanças, avançando que os mercados esperam que as taxas de juro do BCE se mantenham na fasquia dos 1% a 1,5% nos próximos anos.
O Doutor Finanças frisa que é importante “perceber antecipadamente o que pode acontecer à nossa prestação da casa num período de subida de juros, sendo certo que, naturalmente, poderemos ter de fazer alguns ajustes ao orçamento mensal para não arriscarmos a nossa estabilidade financeira”.