UPTEC apoiou 700 projetos em 15 anos de atividade e não exclui criação de novo polo

Fundada há 15 anos, a UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto já apoiou 700 projetos das mais diversas áreas e não exclui a criação de um polo adicional, revelou hoje a diretora executiva.

Executive Digest com Lusa
Agosto 1, 2023
10:27

Fundada há 15 anos, a UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto já apoiou 700 projetos das mais diversas áreas e não exclui a criação de um polo adicional, revelou hoje a diretora executiva.

Em declarações à agência Lusa, a diretora executiva da UPTEC, Maria Oliveira, admitiu que a criação de um novo polo “não está fora dos planos” da instituição, criada em 2007, com o propósito de contribuir e apoiar o desenvolvimento de projetos.

“Toda esta estratégia tem de ser devidamente articulada com a própria universidade, mas têm sido analisadas propostas, até para perceber se fará sentido em termos económicos, de sustentabilidade e desenvolvimento, ter um polo adicional”, afirmou.

Fruto de um projeto que “vinha a ser maturado” pela Universidade do Porto, a UPTEC passou inicialmente por “estruturas pré-fabricadas” que a universidade adquiriu à Metro do Porto para uma “fase experimental e de testes”.

“Isso serviu para perceber a procura que a UPTEC poderia vir a ter e se conseguiria ter um valor acrescentado para apoiar o desenvolvimento das empresas. Os anos foram passando e houve uma estratégia de alargar a atividade. Primeiro, numa lógica de polos setoriais, e depois, com o foco na multidisciplinaridade e diversidade”, referiu Maria Oliveira.

Hoje, volvidos 15 anos, a UPTEC conta com três polos dispersos pela cidade do Porto – um na zona da Baixa e dois na Asprela –, já apoiou 700 projetos na área das ciências, artes e tecnologia, graduou 98 empresas e contribuiu para a criação de mais de 3.600 postos de trabalho, a maioria (86%) dos quais “altamente qualificados”.

“Neste momento, apoiamos em média cerca de 80 projetos por ano. Somos um parque de ciência e tecnologia, mas também somos uma incubadora e isso significa que existe uma lógica de rotatividade dos projetos que acolhemos”, observou.

A UPTEC conta com uma lista de espera de cerca de seis meses para acolher novos projetos, pelo que o objetivo passa por “providenciar as melhores condições possíveis para as empresas”.

“Isso implica manter a lógica do crescimento sustentável ao longo do tempo e fazer planos para perceber se faz sentido expandir e criar condições para desenvolver novas empresas, mas também para acolher outras empresas de referência que se queiram instalar no Grande Porto”, afirmou a diretora executiva.

Atualmente, os projetos acolhidos pela UPTEC abrangem pessoas de 37 nacionalidades diferentes, pelo que, um dos objetivos futuros da instituição passa pela “atração e retenção do talento”.

“Queremos que o talento possa cá ficar [Portugal] e não ser apenas uma lógica de rotação, acho que temos de dar o exemplo”, referiu Maria Oliveira, dizendo ser também necessário “traçar um caminho” assente na sustentabilidade económica, ambiental e social.

A par da sustentabilidade económica e financeira, não só dos projetos que apoia, mas da própria instituição, a UPTEC pretende aproximar-se das novas gerações com o intuito de perceber o que privilegiam e que oportunidades daí podem surgir.

Em 2022, foram apoiados 207 projetos, que envolveram 2.100 pessoas, e desenvolvidos cinco programas de aceleração, que contaram com 72 participantes, refere o ‘site’ da UPTEC.

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