UE admite que adesão da Moldova irrita Rússia mas rejeita interferências

O alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros reconheceu hoje que a Rússia está insatisfeita com a adesão da Moldova ao bloco comunitário, mas rejeitou que Moscovo consiga travá-la.

Executive Digest com Lusa
Maio 21, 2024
17:57

O alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros reconheceu hoje que a Rússia está insatisfeita com a adesão da Moldova ao bloco comunitário, mas rejeitou que Moscovo consiga travá-la.

“Permitam-me realçar a importância do nosso apoio [à Moldova] através do Mecanismo Europeu da Paz. Apoiámos e vamos continuar a fazê-lo”, disse Josep Borrell, em conferência de imprensa, em Bruxelas, sobre a abertura das negociações com Chisinau para aderir ao bloco político-económico.

Borrell reconheceu que “certamente a Rússia não vai ficar contente” com a adesão, no futuro, da Moldova à UE.

“Mas isto não é um assunto da Rússia. É um assunto da Moldova. A sua população e autoridades são os que nos interessam aqui”, completou o chefe da diplomacia europeia.

Josep Borrell encorajou o primeiro-ministro moldavo, Dorin Recean, a “prosseguir o caminho” que foi encetado nos últimos anos e que concedeu não só um rápido estatuto de candidato à Moldova, como a recomendação por parte da Comissão Europeia, em dezembro de 2023, da abertura de negociações formais.

O país, reconheceu o chefe da diplomacia do bloco comunitário, ainda tem de trabalhar para debelar a corrupção no país e está “diretamente exposto às consequências da agressão russa contra a Ucrânia”, nomeadamente com “mísseis e ‘drones’ [aeronaves não tripuladas] a violar o espaço aéreo” moldavo.

Partilhar

Edição Impressa

Assinar

Newsletter

Subscreva e receba todas as novidades.

A sua informação está protegida. Leia a nossa política de privacidade.