O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky irá visitar Portugal nos próximos dias, após uma passagem por Espanha.
O líder ucraniano estará no ‘país vizinho’ a assinar um acordo bilateral de segurança, para assegurar que Espanha apoia Kiev militarmente a longo prazo e, segundo a SIC, depois deverá seguir para Lisboa.
É expectável que Zelensky assine um acordo semelhante com as autoridades portuguesas.
Por razões de segurança não fora revelados outros detalhes sobre a visita de Zelensky, com a data exata da visita.
Recorde-se que foi no final do ano passado que Zelenky confirmou a Marcelo Rebelo de Sousa, após convite, que viria ao nosso País, depois de muita especulação de que se realizaria uma visita de Zelensky a Portugal em outubro de 2023.
No entanto, nem data, nem programa foram adiantados pelo Presidente da República.
Em 15 de fevereiro passado, o Presidente atribuiu ao seu homólogo ucraniano o Grande-Colar da Ordem da Liberdade. Contudo Zelensky recusou – como tem recusado todas as condecorações que lhe têm tentado atribuir, argumentando que o esforço no combate à invasão russa tem sido de “todo o povo ucraniano”.
Em maio deste ano, três meses antes de Marcelo, também o primeiro-ministro tinha ido a Kiev dizer pessoalmente a Zelensky que a opção europeia da Ucrânia deve ser acolhida de “braços abertos”. Contudo, ao mesmo tempo, salientava que os processos de adesão à UE são “altamente complexos”, recordando que o processo português demorou nove anos.
Nessa altura, anunciou um apoio financeiro direto de Portugal à Ucrânia de 250 milhões de euros, em três anos. Também garantiu “total disponibilidade” portuguesa para participar num programa de reconstrução de escolas e jardins de infância na Ucrânia.
Zelensky, embora nunca tendo visitado Portugal, discursou aos deputados portugueses por videoconferência em 21 de abril de 2022. Nessa sessão (ver foto) participaram o Presidente da República e o primeiro-ministro. Dias antes, o PCP anunciou que não participaria. E justificou-se assim: “O PCP não participará numa sessão da Assembleia da República concebida para dar palco à instigação da escalada da guerra, contrária à construção do caminho para a paz, com a participação de alguém como Volodymyr Zelensky, que personifica um poder xenófobo e belicista, rodeado e sustentado por forças de cariz fascista e neonazi, incluindo de caráter paramilitar, de que o chamado Batalhão Azov é exemplo.”
*Com Lusa














