Trump autoriza Nvidia a vender ‘chips’ de IA na China em troca de 25% do valor das vendas

Autorização para a exportação do H200 é considerada um solução intermédia em relação à decisão da Nvidia de vender os ‘chips’ Blackwell a clientes chineses

Executive Digest com Lusa
Dezembro 9, 2025
8:48

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou hoje a empresa de tecnologia Nvidia a vender os seus ‘chips’ de inteligência artificial H200 na China em troca de uma comissão de 25% das vendas.

O anúncio foi feito pelo próprio Donald Trump na sua rede social Truth Social, indicando que o presidente da China, Xi Jinping, foi informado da decisão e deu o seu consentimento, num procedimento aprovado “sob condições que permitam uma sólida segurança nacional”.

“Esta política apoiará o emprego nos Estados Unidos, fortalecerá a indústria de manufatura americana e beneficiará os contribuintes americanos”, defendeu Trump.

O presidente americano referiu também que “o Departamento de Comércio está a finalizar os detalhes, e a mesma abordagem será aplicada à AMD, à Intel e a outras grandes empresas americanas”.

A autorização para a exportação do H200 é considerada um solução intermédia em relação à decisão da Nvidia de vender os ‘chips’ Blackwell a clientes chineses, de acordo com um especialista no tema, em declarações à agência Bloomberg.

Um acordo anterior, promovido por Donald Trump, que previa que a Nvidia e a AMD pagariam uma percentagem das suas receitas pelos ‘chips’ de Inteligência Artifical vendidos na China, não se concretizou em pagamentos por não terem sido implementadas regulamentações que o legalizassem.

A oposição do Governo chinês a essas exportações e a consequente falta de procura por parte dos clientes chineses fizeram com que o tema perdesse relevância.

A Nvidia domina o mercado global de GPU, fundamentais para aplicações de IA, e a China – maior consumidora mundial de semicondutores – representa um mercado estratégico.

No entanto, os Estados Unidos proíbem desde 2022 a exportação para a China dos modelos mais avançados, alegando motivos de segurança nacional e receios de utilização militar por parte de Pequim.

Como resposta, as autoridades chinesas têm incentivado a substituição por soluções domésticas, forçando a saída da Nvidia do país.

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