Cláudio Coimbra, o ex-fuzileiro que foi condenado a 20 anos de prisão pelo homicídio do agente da PSP Fábio Guerra, em março de 2022, em Lisboa, conhece esta quarta-feira, às 9 horas, no Juízo Local Criminal de Lisboa, Juiz 12, Campus de Justiça, no Parque das Nações (Lisboa), a sentença do julgamento onde foi acusado, neste novo processo, por ofensa à integridade física de um militar da GNR.
Cláudio Coimbra, de 26 anos, e um irmão, de 23, estão acusados em coautoria de um crime de ofensa à integridade física qualificada por terem dado um murro e depois pontapeado na cabeça, já no chão, um militar fora de serviço.
O caso terá acontecido pelas 4 horas de 12 de novembro de 2021, dentro de uma discoteca no Cais de Sodré, em Lisboa.
O Ministério Público (MP) pediu que um ex-fuzileiro condenado por matar um PSP à porta de uma discoteca em Lisboa em 2022 seja punido com prisão efetiva por agredir um GNR.
Nas alegações finais do julgamento, o procurador considerou que ficou provado que Cláudio Coimbra desferiu o soco que fez cair o guarda da GNR, não tendo ficado apurado quem o pontapeou já no chão.
José Manuel Figueiredo sustentou a convicção quanto à culpa do ex-fuzileiro no testemunho de um dos amigos com quem a vítima se encontrava na discoteca, que identificou o arguido mais velho como autor do murro.
Já o advogado de Cláudio Coimbra desvalorizou a identificação, sublinhando que a testemunha só reconheceu o ex-fuzileiro depois de este ter surgido na televisão pelo homicídio, em 2022, do polícia Fábio Guerra.
“É óbvio que é fácil de indicar”, desabafou Bruno dos Santos Pereira.
A mandatária do militar agredido defendeu também que “pelo menos” Cláudio Coimbra tem de ser condenado pelo soco que está acusado de ter dado em Gonçalo Brandão, de 29 anos e atualmente de licença ilimitada (sem vencimento).
“O que é facto é que nenhuma das testemunhas conseguiu dizer quem desferiu os pontapés”, admitiu Rita Mota Ferreira.
Em relação ao segundo arguido, Artur Coimbra, o MP e a defesa – assegurada por Vanessa Carvalho – foram unânimes em pedir a absolvição.
No final das alegações finais, Cláudio Coimbra, que se remetera ao silêncio na fase de produção de prova, pediu a palavra para negar as agressões de que está acusado.
O irmão, Artur Coimbra, não compareceu no julgamento e foi multado pela juíza em 204 euros.












