Os trabalhadores das corticeiras Amorim, Granorte e Socori fazem greve por turnos, entre 12 e 15 de julho, por aumentos salariais dignos, face à proposta patronal de mais 58 euros no salário e 50 cêntimos no subsídio de refeição diário.
“A proposta patronal de 58 euros para os salários e 50 cêntimos/dia para o subsídio de refeição é uma desconsideração para os trabalhadores e representa uma perda real do seu poder de compra”, considerou hoje a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM), em comunicado.
Assim, os trabalhadores corticeiros “decidiram demonstrar o seu desagrado e a sua exigência de maiores aumentos salariais, através da greve, por turnos, entre os dias 12 e 15 de julho”, nas empresas Amorim Subertech, Amorim Cork Flooring, Granorte – Revestimentos de Cortiça, Socorri, Sociedade de Cortiças de Riomeão, Amorim Champcork, Amorim Cork e Amorim Cork Composites.
“A Corticeira Amorim somou lucros de mais de 98 milhões de euros em 2022 e, no primeiro trimestre de 2023, já acumulou lucros líquidos de quase 24 milhões de euros, ou seja, cerca de oito milhões de lucros líquidos por mês”, apontou o sindicato.
Segundo a FEVICCOM, a maioria dos trabalhadores do setor da cortiça tem um salário base mensal de 868 euros, num contexto de aumento do custo de vida.
A próxima reunião de negociações realiza-se na sexta-feira, na sede da Associação Portuguesa da Cortiça (Apcor), em Santa Maria de Lamas, concelho de Santa Maria da Feira, com o sindicato a exigir “que a voz e a razão dos trabalhadores seja ouvida e considerada, pois há riqueza bastante no setor para a distribuir condignamente por quem a produz”.













