A filial francesa da Toshiba enviou um comunicado à Reuters em que alega que foi alvo de um ataque informático a 4 de maio, alegadamente operado pelo DarkSide, o mesmo grupo que o FBI acusa de ter hackeado o sistema tecnológico de suporte do oleoduto da Colonial Pipeline, o qual abastece o leste dos EUA de combustível.

“Estamos a cumprir os protocolos e restabelecer o nosso sistema informático”, refere a empresa no comunicado enviado à agência noticiosa.

A marca japonesa informou ainda que os piratas roubaram “muito poucos dados” e que o ataque foi mais uma vez realizado através da utilização de ransomware, um tipo de software maligno que foi projetado para bloquear o acesso a um sistema de computador , até que as vítimas paguem um resgate. Até ao momento não se sabe se a Toshiba deu algum dinheiro ao Dark Side.

A Colonial Pipeline pagou cerca de de 4,2 milhões de euros ao grupo de hackers DarkSide, de forma a reaver os seus dados, que foram roubados por estes piratas informáticos, e de maneira a restaurar o funcionamento normal do oleoduto que abastece o leste dos EUA, revelaram duas fontes da empresa à Bloomberg.

A empresa pagou o resgate em criptomoedas de forma a manter o anonimato do destino do dinheiro. Ambas as fontes garantem que a administração Biden teve conhecimento deste pagamento.

Uma vez recebido o dinheiro, os hackers forneceram à empresa uma ferramenta de descriptografia para restaurar o sistema informático, destinado à gestão do oleoduto que com o ataque ficou desativado. O software “comprado” era tão pesado e lento que a empresa continuou a operação com os próprios backups, como acrescenta a Bloomberg.

Desde o ataque informático ao Colonial Pipeline, o oleoduto que alimenta a costa leste dos EUA, que os sinais de alarme relativos à escassez de gasolina no país são cada vez mais sombrios.