
Todas despedem menos a Apple. Conheça as razões para esta exceção entre as tecnológicas
Nas últimas semanas várias tem sido as empresas tecnológicas a anunciar despedimentos tendo em conta o momento económico incerto, porém uma parece estar a resistir a Apple.
De acordo com o Wall Street Journal, é verdade que tal como as restantes empresas de tecnologia a Apple também não escapa ao ambiente económico pouco convidativo, esperando-se que no próximo mês registe o seu primeiro declínio trimestral de vendas em mais de três anos. Além disso regista-se uma diminuição da contratação em algumas áreas.
Porém, a fabricante do iPhone está melhor posicionada do que muitos rivais, em parte porque contratou funcionários num ritmo muito mais lento do que as restantes empresas durante a pandemia, um erro já admitido por outras tecnológicas. Além disso, opera com muito menos privilégios para os funcionários e os negócios são mais focados em produtos de hardware e vendas que não são tão afetados pela crise.
A publicação norte-americana aponta que a Apple ao invés de práticas da indústria em que se procura oferecer vantagens aos trabalhadores, como por exemplo almoços e jantares grátis na cafetaria da empresa, esta continua a exigir que todos os trabalhadores paguem pelas suas refeições, o que também ajuda a poupar.
Desde o final do ano fiscal em setembro de 2019 a setembro de 2022, a força de trabalho da Apple cresceu cerca de 20%, para aproximadamente 164.000 funcionários em tempo integral. Enquanto isso, aproximadamente no mesmo período, a contagem de funcionários na Amazon duplicou, a da Microsoft aumentou 53%, a Alphabet, dona da Google, aumentou 57% e a dona do Facebook, Meta, aumentou 94%.
A última grande rodada de demissões na Apple aconteceu em 1997, quando o cofundador Steve Jobs voltou para a empresa e fez um enorme corte de custos demitindo 4.100 funcionários, algo que parece estar longe de acontecer agora.
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