A divulgação do relatório de inflação do IPC dos EUA para abril mostrou resultados mais suaves do que o esperado, e a reação dos investidores levou o mercado de ações para novos máximos históricos, em contraste com os ativos de refúgio como o dólar americano, que caiu em relação a todas as moedas do G10, exceto o franco suíço.
David Brito, Diretor-Geral da Ebury explicou à Executive Digest que, neste cenário, o vencedor indiscutível da semana foi o peso chileno, que disparou devido ao entusiasmo dos investidores e à subida acentuada dos preços do cobre.
O especialista explicou ainda que as próximas duas semanas serão notavelmente brandas em termos de dados macroeconómicos ou de reuniões dos principais bancos centrais.
Esta semana o foco estará na divulgação a nível mundial dos índices PMI de antevisão para a atividade empresarial de maio, na quinta-feira. Estes são particularmente importantes na Europa, enquanto a sua versão americana parece ter perdido algum do seu poder de previsão.
“Os mercados estão à espera de uma ligeira melhoria. Uma surpresa positiva neste caso aumentaria a sensação de que as economias europeias estão a ganhar dinamismo e poderia alimentar ainda mais a queda do dólar”, explica David Brito.
Já a inflação do Reino Unido, divulgada na quarta-feira, encerrará a semana.
A Ebury sublinha que “as comunicações do BCE tornam cada vez mais claro que, embora um corte em junho tenha sido comprometido e seja inevitável, qualquer movimento para além desse permanece altamente incerto e dependente dos dados. Os mercados parecem esperar um ou, no máximo, dois cortes adicionais, o que nos parece bastante razoável, especialmente à medida que a economia da Zona Euro ganha dinamismo e diminui a urgência do alívio monetário”.














