Tarifas simples dominam escolhas dos consumidores e afirmam-se como opção mais vantajosa

Esmagadora maioria dos consumidores mantém-se firme nesta opção, que, na prática, se revela a mais vantajosa para a generalidade das famílias

Executive Digest com ComparaJá.pt
Novembro 13, 2025
21:30

As tarifas simples continuam a ser, destacadamente, a escolha preferida dos consumidores portugueses no mercado de energia. Em outubro de 2025, 94,96% das mudanças de fornecedor registadas, segundo a mais recente análise de mercado de energia feito pelo ComparaJá, foram feitas para tarifas simples, um modelo em que o preço do kWh se mantém constante ao longo de todo o dia. A esmagadora maioria dos consumidores mantém-se firme nesta opção, que, na prática, se revela a mais vantajosa para a generalidade das famílias.

A alternativa bi-horária representou apenas 4,70% das subscrições, enquanto a tarifa tri-horária se manteve praticamente irrelevante, com 0,34%. A preferência clara pelas tarifas simples está ligada ao facto de, para a maioria dos agregados, o diferencial entre preços por horário não compensar o esforço de reorganizar a rotina diária para concentrar consumos em períodos mais baratos.

Segundo José Trovão, Head of Consumer Credit and Utilities do ComparaJá, “Novembro traz consigo padrões que já conhecemos bem: dias mais curtos, temperaturas mais baixas e o consequente aumento do consumo energético nas casas portuguesas. É também nesta altura que muitos consumidores voltam a analisar as suas faturas, e os dados comprovam que essa atenção é cada vez mais justificada. Este mês, a diferença entre a tarifa mais competitiva e a mais dispendiosa pode atingir os 580 euros por ano. Pequenas decisões de comparação continuam a traduzir-se em poupanças reais, sobretudo quando o inverno se aproxima e cada kWh conta.”

Esta tendência surge num contexto em que a eletricidade continua a liderar as trocas de fornecedor: 71,44% das mudanças registadas em outubro foram apenas de eletricidade, reforçando a forte concorrência entre comercializadoras no segmento elétrico. Os contratos duais, com eletricidade e gás, representaram 25,09%, enquanto o gás natural isolado manteve-se residual (3,47%).

Com o inverno a aproximar-se e os consumos a subir, o relatório reforça que a diferença entre a tarifa mais barata e a mais cara pode ultrapassar os 580 euros anuais, um valor que pesa no orçamento de qualquer família. Para perfis de consumo mais elevados, como famílias numerosas, a poupança pode ser ainda maior.

A simplicidade das tarifas simples, aliada a preços mais previsíveis e fáceis de controlar, explica porque continuam a dominar o mercado português mês após mês. E, com as constantes mudanças nas ofertas das comercializadoras, especialistas lembram que a melhor tarifa hoje nem sempre será a melhor amanhã, razão pela qual monitorar e comparar regularmente é cada vez mais essencial para poupar.

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