A Europa, sobretudo a zona mediterrânica, deve voltar a ser atingida por temperaturas recorde ainda em agosto, depois de uma breve ‘pausa’ do calor escaldante e dos incêndios de julho último, revelou esta quarta-feira a ‘Bloomberg’.
Nas primeiras semanas de agosto, grande parte da Europa continental vai estar húmida e ventosa, com temperaturas abaixo do normal. No entanto, a partir de meados do mês os termómetros vão ‘escalar’ em Espanha, no sul de Itália e na Grécia, com potencial para novas máximas históricas – recorde-se que Roma e a Catalunha registaram temperaturas recorde em julho, ao passo que a Sardenha igualou o máximo europeu de julho de 48°C, valores que podem ser superados.
“Agosto é o mês mais quente do ano para as temperaturas terrestres e oceânicas do Hemisfério Norte, então existe a possibilidade de vermos mais ondas de calor durante este mês”, referiu Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus Climate Change Service.
Diversas ondas de calor atingiram o Hemisfério Norte neste verão, atirando o mundo para o mês mais quente da sua história, depois de junho já ter feito cair recordes. As emissões de combustíveis fósseis estão a aquecer o planeta, provocando condições climáticas extremas, desde inundações na Índia e nos Estados Unidos até incêndios florestais na Grécia e no Canadá.
No momento, a divisão acentuada na Europa permanecerá, com as regiões do norte, incluindo Reino Unido, Alemanha, a maior parte da França e os países nórdicos, a experimentar temperaturas mais baixas do que o normal.
“No resto da Europa até agosto, prevemos condições mais frias, húmidas, ventosas e nubladas em grande parte do continente, com temperaturas acima do normal restritas à Península Ibérica, sul da Itália e sudeste da Europa”, referiu Amy Hodgson, chefe de operações meteorológicas da Europa na ‘Atmospheric G2’. “Existe o potencial para mais calor extremo e recordes.”













