A Suíça, a Finlândia e a Suécia estão a considerar integrar o programa de parceria de segurança da Guarda Nacional dos Estados Unidos, em resposta à insegurança criada pela invasão russa da Ucrânia, segundo fonte militar norte-americana.
O general Dan Hokanson, comandante da Guarda Nacional norte-americana, deve anunciar hoje as discussões em curso com cada um destes países e, segundo uma cópia antecipada do seu discurso obtida pela AP, o interesse dos três países europeus no programa é um indicativo de como a invasão russa na Ucrânia levou estas nações a reconsiderarem a seu histórica neutralidade militar.
Depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia em fevereiro de 2022, a Finlândia e a Suécia apresentaram a sua candidatura à NATO.
A Finlândia, que compartilha uma fronteira de mais de 1.300 quilómetros com a Rússia, integrou-se definitivamente na NATO em abril, enquanto o processo a Suécia, que há mais de 200 anos evitava alianças militares, foi adiado devido a entraves colocados pela Turquia e Hungria.
Entretanto, no início deste mês, a Turquia concordou em remover um dos últimos grandes obstáculos à adesão da Suécia.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que os turcos concordaram em apoiar a candidatura sueca à Aliança Atlântica – colocando a questão em votação no Parlamento – em troca de uma cooperação mais profunda em questões de segurança e uma promessa da Suécia em colaborar na adesão da Turquia à União Europeia (UE).
A Suíça, um país historicamente neutro, começou no início deste ano a considerar a flexibilização dos controlos de exportação no envio de armas para zonas de guerra ativas.
O Programa de Parceria de Estado da Guarda Nacional é um instrumento militar pouco conhecido, mas fundamental para as tropas dos Estados Unidos construírem relacionamentos com militares estrangeiros através da realização regular de intercâmbio de treino e troca de conhecimento entre jovens oficiais, segundo a AP.
O programa pode ajudar os militares estrangeiros a moldar de forma mais adequada as suas próprias operações em relação à organização e aos equipamentos ocidentais.
Isto foi considerado fundamental para que uma série de nações da Europa de leste obtivessem os padrões da NATO e também para facilitar a forma como os exércitos multinacionais podem conduzir as suas operações.
O programa da Guarda Nacional começou há 30 anos, após o colapso da União Soviética, quando os ex-estados soviéticos procuravam maneiras de modernizar a sua organização militar de tipo comunista.
A Ucrânia foi uma das primeiras nações a integrar o programa da entidade militar norte-americana, realizando uma parceria com a Guarda Nacional da Califórnia.
Desde os primeiros dias da invasão da Rússia, a força aérea ucraniana procurou apoio nos parceiros militares da Guarda Nacional da Califórnia.













