Sondagem: 68% dos portugueses diz que a imagem da Igreja piorou no último ano e 79% vê mais benefícios do que desvantagens na JMJ

78% dos inquiridos apontam que o evento que voltará a trazer o Papa Francisco a Portugal terá um efeito “mais positivo do que negativo”, enquanto 18% pensam o contrário.

Pedro Gonçalves
Julho 21, 2023
18:37

A esmagadora maioria dos Portugueses concorda com a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Portugal e considera que terá um impacto mais positivo do que negativo no pais. Por outro lado, praticamente metade acha que foi investido demasiado dinheiro público, do Estado e autarquias, no evento, que se realiza em Lisboa entre 1 e 6 de agosto.

Os resultados são de uma sondagem da Universidade Católica ara a RTP. 78% dos inquiridos apontam que o evento que voltará a trazer o Papa Francisco a Portugal terá um efeito “mais positivo do que negativo”, enquanto 18% pensam o contrário.

48% dos 656 portugueses entrevistados consideraram que o apoio financeiro do Estado e das autarquias devia ter sido “menor”. Já quatro em cada 10 (42%), diz que concorda com o investimento público feito na JMJ. Apenas 6% dos inquiridos defende que o estado e as câmaras municipais deviam ter gasto mais com o evento.

Por outro lado, quase 7 em cada 10 portugueses (68%) tem a opinião que a imagem da Igreja Católica junto da sociedade portuguesa piorou no último ano, que ficou marcado pelo escândalo dos abusos sexuais no seio eclesiástico. Apenas 26% tem ideia de que a imagem da Igreja “ficou na mesma” e 5% indicam que “melhorou”.

A sondagem inquiriu ainda sobre o trabalho da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa.

A esmagadora maioria dos portugueses tem uma avaliação positiva relativamente à iniciativa lançada pela Conferência Episcopal, com 47% a consideraram “muito bem” e 25% “bem”.

Os trabalhos desenvolvidos pela Comissão Independente foram avaliados com relativa nota positiva: 41% dos inquiridos avalia o trabalho feito como “bem” ou “muito bem”, e 36% considera “nem bem nem mal”.

Por outro lado, a reação da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) aos resultados do estudo feito pela Comissão já não colhem tantos elogios.

Só 13% considera que a forma como a CEP lidou com os resultados foi “boa” ou “muito boa”. 33% tem posição neutra (“nem bem nem mal”), e 42% – a maior parte – considera que agiu “mal” ou “muito mal” perante as conclusões da Comissão Independente.

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