Sonae cresce 17% até setembro e reforça liderança em todos os negócios com lucro de 200 milhões

Conglomerado português atinge volume de negócios recorde de 8,2 mil milhões de euros nos primeiros nove meses de 2025. CEO Cláudia Azevedo destaca disciplina, propósito e portefólio mais forte.

Executive Digest
Novembro 12, 2025
17:55

Conglomerado português atinge volume de negócios recorde de 8,2 mil milhões de euros nos primeiros nove meses de 2025. CEO Cláudia Azevedo destaca disciplina, propósito e portefólio mais forte.


Crescimento sólido e disciplinado num contexto desafiante

A Sonae encerrou os primeiros nove meses de 2025 com um volume de negócios de 8,2 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 17% face ao período homólogo. O lucro líquido atribuível aos acionistas subiu 38%, para 200 milhões de euros, refletindo o reforço da rentabilidade operacional e a redução dos custos financeiros.

Durante o terceiro trimestre, as vendas cresceram 10% em termos comparáveis e 8% em termos absolutos, atingindo 2,9 mil milhões de euros, com destaque para o desempenho da MC, da Worten e da Musti — três das áreas que mais contribuíram para a expansão do grupo.


Cláudia Azevedo: “Crescemos com disciplina, propósito e foco em valor”

A presidente executiva, Cláudia Azevedo, afirmou que o grupo continua a demonstrar “capacidade para crescer com disciplina e propósito”, reforçando a coesão e a robustez do portefólio.

A líder da Sonae destacou que a empresa está “a colher os frutos de uma estratégia consistente e da integração bem-sucedida de novos negócios”, com resultados visíveis em todas as áreas de operação — do retalho alimentar à tecnologia, passando pelo imobiliário e telecomunicações.


EBITDA sobe 22% e rentabilidade atinge níveis recorde

O EBITDA consolidado atingiu 861 milhões de euros, mais 22% que em 2024, enquanto o EBITDA subjacente cresceu 29%, para 786 milhões de euros.

No terceiro trimestre, o grupo registou 336 milhões de euros de EBITDA, mais 13% face a 2024, apoiado pela melhoria operacional da MC e pelo crescimento da rentabilidade da NOS.

O rácio dívida líquida/EBITDA melhorou significativamente, com a dívida consolidada a recuar para 1,8 mil milhões de euros e o valor líquido dos ativos (NAV) a atingir 5 mil milhões de euros, um aumento de 9% por ação.


MC reforça liderança no retalho alimentar e beleza

A MC — que integra o Continente, a Wells, a Druni e a Arenal — manteve-se como o principal motor de crescimento do grupo, com um volume de negócios de 6,4 mil milhões de euros nos primeiros nove meses (+19,2%).

O Continente consolidou a sua liderança no retalho alimentar em Portugal, com vendas a crescer 10% no trimestre e aumento de volumes, enquanto as áreas de saúde e beleza registaram subidas de 12,3%, impulsionadas pelo bom desempenho da Druni e pela primeira loja da marca em Portugal.

A MC abriu 9 novas lojas alimentares e 28 de saúde e beleza desde o início do ano, reforçando a capilaridade da rede.


Worten cresce 7,9% e expande estratégia omnicanal

A Worten registou um crescimento de 7,9% no 3T25, sustentado pelo reforço das categorias core e pelo avanço das vendas online (+26%), que já representam 19% do total.

A marca lançou o programa “Worten Life”, integrado no Cartão Continente, e expandiu a iServices para o mercado holandês, com a abertura da primeira loja na Holanda. Desde o início do ano, foram inauguradas 21 novas lojas em cinco países.

Em outubro, a Sonae anunciou a nomeação de Minette Bellingan como nova CEO da Worten, sucedendo a Miguel Mota Freitas, numa transição elogiada por Cláudia Azevedo pela “continuidade e visão internacional”.


Musti cresce 14% e reforça liderança nórdica no mercado de pet care

A Musti continua a expandir a sua presença na Europa, com vendas a crescer 14,2%, atingindo 369 milhões de euros nos nove meses e 127 milhões no terceiro trimestre.

O grupo registou uma melhoria da margem EBITDA e um aumento das vendas online (+4,5%), que representam 22,4% do total das receitas. O bom desempenho foi impulsionado pela Pet City nos Bálticos e pela consolidação do posicionamento nos países nórdicos.


Sierra torna-se o segundo maior gestor de centros comerciais na Alemanha

A Sonae Sierra alcançou um marco estratégico com a aquisição da divisão de Real Estate Management da Unibail-Rodamco-Westfield (URW REM), tornando-se o segundo maior operador de centros comerciais na Alemanha.

O portefólio europeu apresentou crescimento das vendas dos lojistas de 6,1% (LfL) e taxas de ocupação próximas dos 100%, confirmando a solidez dos ativos.

A Sierra mantém seis projetos residenciais ativos em Portugal e Espanha e elevou o seu NAV para 1,2 mil milhões de euros (+7%).


NOS mantém rentabilidade e acelera inovação

A NOS registou receitas de 457 milhões de euros no terceiro trimestre e EBITDA de 223 milhões, um crescimento de 2,7% face ao ano anterior, apoiado por ganhos de eficiência e pela aposta em novas tecnologias.

A contribuição da NOS para as contas consolidadas da Sonae subiu 32%, com 23,4 milhões de euros em resultados de equivalência patrimonial, refletindo o forte desempenho operacional da operadora.


Investimento e impacto social em alta

Nos últimos 12 meses, a Sonae investiu 601 milhões de euros, sobretudo em expansão orgânica, inovação e internacionalização.

Em paralelo, o grupo destinou 25 milhões de euros à comunidade, através de programas de apoio alimentar e educativo, incluindo a 3.ª edição do Prémio Sonae Educação, que atribuiu 150 mil euros a quatro instituições portuguesas.

Com crescimento transversal, redução da dívida e investimento contínuo em inovação e impacto social, a Sonae encerra os primeiros nove meses de 2025 como um dos grupos empresariais mais fortes e diversificados da Península Ibérica.

“Continuaremos focados na execução da nossa estratégia e em aproveitar a força do nosso portefólio para captar novas oportunidades de crescimento”, concluiu Cláudia Azevedo.

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