Sistema europeu alerta para melancias vindas de Marrocos com níveis de pesticidas proibidos

O Sistema Europeu de Alerta Rápidos para a Alimentação e Rações (RASFFF), emitiu esta segunda-feira um alerta sanitário onde dá conta de que foi detetado em controlo fronteiriço um lote de melancias procedentes de Marrocos, e que davam entrada em território europeu, com níveis altos de um pesticida proibido.

Pedro Gonçalves
Julho 24, 2023
16:51

O Sistema Europeu de Alerta Rápidos para a Alimentação e Rações (RASFFF), emitiu esta segunda-feira um alerta sanitário onde dá conta de que foi detetado em controlo fronteiriço um lote de melancias procedentes de Marrocos, e que davam entrada em território europeu, com níveis altos de um pesticida proibido.

A organização de consumidores espanhola Facua explica que se trata de melancias intercetadas que tinham restos do inseticida metomil, a uma proporção superior ao permitido no mercado europeu, registando 0,38+/-0,19 mg/kg-ppm, quando o máximo é 0,015 mg/kg-ppm.

Não é detalhado pelo sistema onde seriam distribuídas estas melancias, mas o sistema classifica a ocorrência como “grave”, já que o metomil pode ter consequências graves nos casos e intoxicação, com sintomas associados de dores de cabeça, enjoos, náuseas, vómitos, excesso de suor, tremores, fraqueza muscular e visão turva.

A Facua alerta ainda que o consumo de metomil associado ao de álcool pode ter efeitos graves no sistema nervoso central e periférico, para além de poder provocar falência renal.

Recorde-se que, na semana passada a AESA, a congénere espanhola da ASAE, emitiu um alerta alimentar que determinou a retirada de tortillas de batata da marca Palacios, produto cujo consumo foi associado a um surto de botulismo com pelo menos cinco casos confirmados.

Cá em Portugal, o alerta levou os supermercados Minipreço, que vendiam o produto, a retirá-lo das prateleiras e a desaconselhar o seu consumo, de forma preventiva, sublinhando que “não foi detetado nenhum caso em Portugal”.

À Executive Digest a Deco também explicou que, até ao momento, não chegou nenhuma queixa de qualquer consumidor português relacionada com o caso.

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