Sem-abrigo: Moedas pede centro de acolhimento a Montenegro e avisa que todos os municípios têm de “trabalhar em conjunto”

Presidente da Câmara de Lisboa assinalou que irá reforçar o pedido na reunião de sexta-feira com o ministro da Presidência António Leitão Amaro.

Pedro Gonçalves
Maio 21, 2024
11:23

No seguimento de pedido de reunião urgente, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, reuniu com o primeiro-ministro Luís Montenegro, com o objetivo de encontrar soluções para o problema das pessoas em situação de sem-abrigo. O autarca indicou, à saída do encontro, que pediu um centro de acolhimento para receber os imigrantes sem documentos, e que esperam por respostas da Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA).

Carlos Moedas indicou que pediu “um centro de acolhimento para estas pessoas sem papéis, e que o presidente da Câmara não pode ajudar, porque são pessoas sem documentos, e sem o devido funcionamento da AIMA, acabam na rua, sem estarem a ser cuidadas e acompanhadas”.

“Queremos que o País tenha uma política de emigração digna e humana. Muitos sofrem, queremos que tenham uma solução. EM Lisboa estamos a investir muito num plano ambicioso de 70 milhões de euros, e é importante que estejamos todos alinhados”, continuou Moedas, em declarações aos jornalistas à saída do encontro.

O responsável referiu que alertou o anterior Governo sobre os potenciais efeitos do “não funcionamento da AIMA, com problemas a acumular, pessoas a viver em tendas”, defendendo que, “agora tem de passar a funcionar”.

“Vamos ter de ter um centro de acolhimento, numa primeira fase, e foi esse o pedido que vim aqui trazer”, resumiu Moedas, recordando que Lisboa já passou de 400 para 1050 vagas de acolhimento para pessoas em situação de sem-abrigo, e que se está a desenvolver trabalho para chegar às 2 mil. “Temos equipas que estão a acompanhar, mas temos de ter pessoas a trabalhar todos os dias”, assinalou.

Segundo explicou, o problema não é falta de dinheiro ou de investimento: “O que falta é articulação e funcionamento, entre as câmaras, a Santa Casa, a Segurança Social e a AIMA”, sublinhou.

Por outro lado, Moedas destacou que “lisboa não pode ser a única” a fazer investimento em centros de acolhimento, pelo que “temos de ter nos municípios, e nos 18 municípios” que compõem a área Metropolitana de Lisboa, a trabalhar em conjunto”, para encontrar soluções deste tipo.

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