“Em breve, a comunidade internacional saberá toda a verdade sobre os crimes cometidos pela Ucrânia”, avisa Rússia nas Nações Unidas

O Representante Permanente da Rússia na ONU afirma que as acusações de crimes sexuais contra as tropas russas “tornou-se uma técnica favorita do regime de Kiev e dos nossos colegas ocidentais” e avisa que não há evidências que suportem essas alegações.

Na reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, desta segunda-feira, Vasily Nebenzya afirmou que não foram apresentadas quaisquer provas que confirmem as acusações lançadas pelos países ocidentais e seus aliados.

O embaixador russo na ONU argumenta que as alegações de crimes sexuais cometidos pelas forças militares russas na Ucrânia são fabricações dos políticos ocidentais, que tentam construir uma imagem dos soldados russos como “bestas e bárbaros grosseiros,” [tradução livre]. Nebenzya evocou a imagem de Joseph Goebbels, o líder da propaganda do regime de Adolf Hitler, sugerindo que também o oficial nazi construiu imagens desumanas da população judaica para justificar acusações infundadas.

O representante russo, que refutou “categoricamente quaisquer acusações de violência sexual contra militares russos”, sublinhou que os países ocidentais devem ser “mais cuidadosos, porque não há evidências que suportem as acusações de Kiev” e disse que muitas alegadas acusações de crimes sexuais por militares russos foram já desmentidas.

Perante os 15 membros do Conselho de Segurança das NU, Nebenzya optou por apontar baterias à própria Ucrânia, acusando os “nacionalistas ucranianos” de detenção ilegal, tortura e morte de civis.

“Em breve, a comunidade internacional saberá toda a verdade sobre os crimes, incluindo dos de natureza sexual, cometidos pelas unidades nacionalistas ucranianas e pelas Forças Armadas da Ucrânia”, avisa o diplomata russo.

Também na segunda-feira, a Representante Especial do Secretário-Geral das NU para a Violência Sexual em Conflitos Armados, Pramila Patten, informou os membros do Conselho de Segurança de que, até 3 de junho, havia registo de 124 alegações de crimes sexuais na Ucrânia no âmbito da guerra.

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