China proíbe imprensa de dizer que em Xangai houve “confinamento”. O que aconteceu foi uma “supressão administrativa estática”

As autoridades da cidade chinesa, que esteve sob confinamento durante cerca de dois meses, ordenaram a imprensa nacional a referir-se às medidas de combate aos surtos de Covid-19 na região como “supressão administrativa estática”.

O ‘The Guardian’ avança que, de acordo com diretivas oficiais a que o ‘China Digital Times’ teve acesso, o governo chinês decretou que os meios de comunicação social estavam obrigados a difundir informação sobre o levantamento das restrições no município de Xangai, mas não se podiam referir a isso como “o fim do confinamento”.

O documento aponta que “Ao contrário do que aconteceu em Wuhan, Xangai nunca declarou um confinamento, pelo que não existe um ‘acabar com o confinamento’”, explicando que “as funções essenciais da cidade continuaram a operar durante esse período”. As autoridades ordenam os meios de comunicação a destacar que as medidas aplicadas em Xangai “foram temporárias, condicionais e limitadas”.

Essa cidade chinesa, que integra o porto marítimo mais movimentado do mundo, esteve dois meses sob ordens para que as pessoas não saíssem das suas casas e comunidades de residência. O periódico britânico aponta que algumas pessoas foram encaminhadas para centros de quarentena geridos pelas autoridades centrais chinesas.

Contudo, esta quinta-feira, dia 2 de junho, as restrições foram levantadas para pessoas que residam em áreas com menor incidência de infeção pelo novo coronavírus, mantendo-se a obrigatoriedade do uso de máscara em locais públicos e o conselho para evitar ajuntamentos.

As diretivas enviadas à imprensa chinesa dão conta de que os surtos na cidade estão “efetivamente controlados”, avança o mesmo jornal.

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