Jericó é a cidade mais antiga do mundo: os arqueólogos trouxeram à luz evidências que confirmam a presença de assentamentos humanos no local há pelo menos 10 mil anos, tornando-a uma das primeiras cidades da história.
Este local destaca-se por abrigar vários sítios arqueológicos importantes: Tell es-Sultan, por exemplo, o local da antiga cidade de Jericó e que foi construído no Vale do Jordão, cresceu nas margens do rio e está localizado a 240 metros de distância.
Foram as ruínas de Jericó que permitiram identificar como a cidade mais antiga do mundo: especificamente, de acordo com o jornal espanhol ‘El Español’, os vestígios documentados mais antigos correspondem à última Idade do Gelo: ou seja, há cerca de 11 mil anos, quando um grupo de caçadores-coletores se estabeleceu acampamento ali, no meio do deserto da Judeia.
Este local foi escolhido por grupos humanos nómadas para mudar o seu modo de vida para um mais estável, pelo que procuraram um local onde pudessem realizar atividades agrícolas: isso foi possível em Jericó devido à proximidade do rio Jordão e à presença de nascentes naturais – desde então, é impressionante saber que este local nunca esteve desabitado.
Tal foi a importância que este local adquiriu que por volta do ano 8.000 a.C. cresceu significativamente graças ao facto de os seus habitantes terem decidido construir um muro de 3,5 metros de altura e 1,8 metros de espessura com o objetivo de se protegerem de possíveis inundações. Na verdade, certas passagens da Bíblia já mencionam estas fortificações.
Os locais arqueológicos de Jericó permitiram-nos saber que a cidade foi habitada por diferentes povos ao longo da sua história: cananeus, romanos, bizantinos, muçulmanos e otomanos.
Ruínas de Tell es-Sultan
As ruínas de Tell es-Sultan são aquelas que situam a origem de Jericó há mais de 10 mil anos, de forma que são consideradas os vestígios mais antigos da cidade. Estão localizadas ao norte de seu centro histórico. Este complexo pré-histórico foi declarado Património Mundial pela UNESCO devido à importância do seu valor histórico.
Por volta dos 9º e 8º milénios a.C., já tinha surgido um povoamento permanente neste monte de forma oval, devido ao solo fértil do oásis de Jericó e ao fácil acesso à água. Os crânios e estátuas encontrados no local atestam práticas culturais levadas a cabo pelas populações neolíticas que ali viveram, e o material arqueológico do início da Idade do Bronze apresenta sinais de planeamento urbano.
Fonte Eliseu
É um dos lugares mais populares. Embora a fonte em si não se destaque particularmente, a sua importância reside no facto de possuir uma inscrição que nos lembra que estamos na “cidade mais antiga do mundo”.
Palácio Hisham
É um palácio considerado uma autêntica relíquia desde que foi construído durante o califado Omíada por volta do ano 743-744. Além disso, chama a atenção porque a sua arquitetura é inspirada nas termas da antiga civilização romana.
Monte da Tentação
Outro dos lugares mais importantes de Jericó. Neste caso, é um local mais lendário do que histórico, pois é a Bíblia que conta que Jesus passou 40 dias sem comer neste local, resistindo às tentações do diabo.
