Na galáxia de cidades que abrigam as sedes das maiores empresas do mundo, não há estrela mais brilhante do que Pequim. A capital da China gerou 15% da receita da ‘Global 500’ em 2022 – 6.100 mil milhões de dólares (cerca de 5.560 mil milhões de euros). As empresas com sede em Pequim, Xangai e Shenzhen respondem por 69% da receita da China. Por outro lado, as três principais áreas metropolitanas dos Estados Unidos – Nova Iorque, San José e Dallas – garantiram apenas 27% da receita das 500 maiores empresas americanas.
A nova lista da ‘Fortune Global 500’ apontou que os números e a força das empresas europeias estão em declínio, tendo as empresas americanas e chinesas emergido como ‘motores’ da recuperação económica.
Só na última década, a Itália caiu de oito para cinco empresas na lista, França de 31 para 24 e a Grã-Bretanha de 26 para 15. Suíça e Países Baixos viram as suas empresas cair de 14 para 11 e 11 para 10, respetivamente. Já o número de empresas no Japão caiu de 62 para 41.
E a que se deve a queda europeia? Segundo Jean-Pascal Tricoire, presidente da Schneider Electric, a nova lista ‘Fortune Global 500’ é “o teste de realidade de um novo mundo”, no qual as empresas focadas em tecnologia consolidaram a sua posição global – enquanto os Estados Unidos e China viram surgir grandes empresas no setor, nenhuma empresa de tecnologia europeia ou japonesa conseguiu dar esse salto.
O motivo poderá ter a ver, segundo o especialista, pelo facto de muitas empresas europeias tenham sido impedidas de crescer devido aos reguladores domésticos e europeus. “As empresas precisam de um mercado doméstico de grande escala para construir uma presença global”, disse, “especialmente num mundo onde empresas da Índia, China e Estados Unidos já são grandes”.
E onde estão então as sedes das maiores empresas do mundo?
Na Ásia, além da China, Tóquio e Seul são os destaques, com 1.8962 mil milhões e 728 mil milhões de dólares, respetivamente. Em Dhahran, na Arábia Saudita, ‘moram’ 603,7 mil milhões de dólares. São Petersburgo, na Rússia, também surge em destaque, com 167,8 mil milhões de dólares.
Se nos concentrarmos no continente americano, além das três cidades já referidas, Seattle (971,5 mil milhões de euros), Washington DC (632,5 mil milhões) e Minneapolis (561,6 mil milhões) surgem destacadas das restantes cidades. Fora dos Estados Unidos, Toronto (346,3 mil milhões), no Canadá, destaca na realidade americana, seguido de perto por São Paulo e Rio de Janeiro (com 235,8 e 203,9 mil milhões, respetivamente).
Paris é a cidade europeia mais destacada, com 1.672,1 mil milhões, seguida de perto por Londres, com 1.063,8 mil milhões. Munique (464 mil milhões) e Amesterdão (411,9 mil milhões) fecham o top do Velho Continente.
