A Rússia iniciou esta segunda-feira o julgamento dos 19 acusados de envolvimento no ataque a uma sala de concertos em Moscovo em 2024, ataque que resultou na morte de 149 pessoas: a 22 de março, homens armados invadiram a casa de espetáculos Crocus City Hall e dispararam indiscriminadamente, incendiando depois o edifício, naquele que foi um dos ataques mais mortais da história da Rússia. Houve ainda centenas de feridos.
O grupo Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade pelo ataque terrorista.
Os quatro supostos agressores, todos do Tajiquistão — uma ex-república soviética na Ásia Central — e outras 15 pessoas acusadas de serem cúmplices começam hoje a ser julgadas, sendo que as três primeiras audiências vão realizar-se até esta quinta-feira, segundo apontou o site de um tribunal moscovita.
O ataque chocou a Rússia, que lutava contra a Ucrânia numa ofensiva militar iniciada a 24 de fevereiro de 2022. Apesar da reivindicação de responsabilidade do EI, a Rússia implicou a Ucrânia no ataque, uma alegação que Kiev chamou de infundada e absurda.
Quase metade das vítimas foram mortas pela inalação de fumo e monóxido de carbono do incêndio que começou, e não por tiros, informou a agência de notícias estatal ‘TASS’. O ataque desencadeou uma onda de xenofobia contra migrantes da Ásia Central na Rússia.
