Drones kamikazes do Kremlin violaram o espaço aéreo da Polónia 48 horas antes do início programado de um exercício militar entre Rússia e Bielorrússia de disparo de mísseis balísticos de médio alcance com ogivas nucleares a partir de locais de lançamento da Bielorrússia contra alvos na Europa.
Esta sexta-feira, a maioria das tropas destacadas para o exercício, chamado Zapad-2025, simulará ataques e defesas com armas nucleares em áreas de treino militar no centro ou noroeste da Bielorrússia, ou no enclave russo de Kaliningrado. Contingentes menores nos distritos militares russos de Moscovo e Leningrado, na região Ártica e nos mares Báltico e de Barents também participarão, segundo declarações do Kremlin.
Cerca de 13.000 soldados russos e bielorrussos, segundo relatórios oficiais de Minsk, estarão na Bielorrússia. Recorde-se que a Rússia anunciou o envio de armas nucleares para a Bielorrússia em junho de 2023, alegando que se tratava de uma resposta necessária aos fornecimentos ocidentais de armas convencionais de longo alcance para a Ucrânia.
O líder bielorrusso Alexander Lukashenko disse em agosto último que o foco principal do treino serão as operações conjuntas bielorrussas e russas numa guerra nuclear e, particularmente, o uso em campo do muito elogiado míssil de ataque nuclear russo, o Oreshnik, segundo uma declaração publicada pelo gabinete de Lukashenko.
Durante o exercício, as tropas praticarão o planeamento de ataques nucleares contra um adversário em potencial e a sua execução, e o objetivo é “manter a credibilidade” da força de dissuasão nuclear da Rússia e da Bielorrússia, disse o ministro da Defesa da Bielorrússia, Viktor Khrenin, à agência de notícias estatal ‘Belta’.
O Oreshnik é um míssil balístico russo (IRBM) de médio alcance e capacidade nuclear relativamente novo, programado, segundo declarações oficiais de Moscovo, para ser implantado na Bielorrússia até ao final do ano. Autoridades do Kremlin alegaram que a velocidade hipersónica e a capacidade de manobra da arma a tornam invulnerável à intercetação.
Além do uso do míssil Oreshnik e do lançamento simulado contra alvos na Europa, tropas russas e bielorrussas praticarão respostas a ataques aéreos, combate terrestre e aéreo contra um inimigo do tipo NATO e guerra de operações especiais, informou a ‘Belta’.














