A expetativa das famílias face ao novo ano letivo atingiu o valor mais baixo dos últimos cinco anos, revelou esta quarta-feira um estudo conduzido pelo Cetelem – marca comercial do grupo BNP Paribas Personal Finance.
Apenas 47% dos encarregados de educação acreditam que o próximo ano letivo será melhor do que o anterior, contra 63% em 2024, uma queda de 16 pontos percentuais, segundo o Observador Regresso às Aulas 2025.
Entre os encarregados de educação que antecipam um ano pior, as principais causas apontadas são a diminuição da qualidade do ensino (52%) e a falta de professores, mencionada por 42%. De forma mais transversal, as maiores preocupações das famílias incidem sobre o bullying (60%, +14pp), a violência nas escolas (57%, +11pp) e qualidade do ensino (52%), seguidos de segurança (50%) e impacto de potenciais greves (47%).
Já entre os que se mostram mais otimistas, os fatores destacados são a motivação do aluno (67%) e as melhorias na gestão escolar, indicadas por 26%.
A educação para a sustentabilidade surge como um tema cada vez mais valorizado, apesar de a familiaridade com o conceito ainda ser moderada (45%). No entanto, 92% dos encarregados consideram o tema relevante e a maioria dos alunos, 61%, já participou em atividades relacionadas. Os tópicos mais apreciados neste âmbito são a poupança de água e energia, a reciclagem e o consumo responsável.
Para os encarregados de educação, os métodos de ensino mais eficazes para este tema em particular são as aulas práticas (65%), os projetos (51%) e os jogos educativos (48%), sendo que 79% manifestam interesse em participar em sessões informativas para apoiar a educação sustentável dos seus educandos.
No ano passado, recorde-se, o estudo avaliou o tópico da literacia financeira, com 95% dos encarregados familiarizados com o conceito, 90% a reconhecerem a sua importância e 86% disponíveis para participar em sessões de apoio.

















