“Queremos continuar a ser um exemplo de franchising português”. Doutor Finanças quer chegar às 110 lojas até ao final do ano

Em entrevista à Executive Digest, Cláudio Santos, Administrador da Rede Doutor Finanças, fala sobre o papel dos franchisados e as perspetivas de expansão da marca em Portugal e além-fronteiras.

André Manuel Mendes
Novembro 13, 2025
12:17

Depois de quase uma década a operar exclusivamente no meio digital, o Doutor Finanças decidiu dar o passo para o franchising, transformando o sucesso online numa rede de proximidade física.

Com mais de 90 lojas em todo o país e um crescimento de dois dígitos no volume de crédito intermediado, a marca tem vindo a consolidar-se como referência em aconselhamento financeiro independente.

Em entrevista à Executive Digest, Cláudio Santos, Administrador da Rede Doutor Finanças, fala sobre o papel dos franchisados e as perspetivas de expansão da marca em Portugal e além-fronteiras.

 

O Doutor Finanças operou quase uma década exclusivamente no meio digital antes de lançar a sua rede de franchising. O que motivou a decisão de entrar neste modelo?

Depois de cerca de oito anos de crescimento exclusivamente digital, sentimos que era o momento certo para dar o passo seguinte e levar o nosso modelo de acompanhamento financeiro a mais pessoas, em todo o país, através de uma rede de lojas.

A criação da Rede Doutor Finanças, em 2023, resultou dessa ambição: transformar o sucesso digital num modelo de proximidade física, mantendo a filosofia de independência e o foco total no cliente que nos caracterizam. Com o franchising, conseguimos conjugar a força da marca e da tecnologia com o conhecimento local e a capacidade empreendedora de quem conhece de perto as comunidades onde atua.

O sucesso do modelo confirma que tomámos a decisão certa: hoje temos uma rede com mais de 90 lojas e no primeiro semestre de 2025 tivemos um crescimento superior a 100% no volume de crédito intermediado. Para o conjunto de 2025, estimamos duplicar o volume de negócios face a 2024 e registar mais de 900 milhões de euros de créditos intermediados.

 

Quais foram os maiores desafios na transição do digital para o franchising presencial?

O maior desafio foi garantir que a experiência, os valores e a proposta de valor do Doutor Finanças se mantinham consistentes em todos os pontos de contacto, independentemente do canal. No digital, os processos já estavam todos padronizados e a comunicação estava estruturada e centralizada. Ao abrir a rede de franchising houve uma preocupação grande para garantirmos que os padrões se mantinham. Para isso, investimos fortemente na formação, acompanhamento e alinhamento das equipas.

Outro desafio importante foi adaptar as ferramentas tecnológicas e os fluxos de trabalho para responder às necessidades específicas das lojas físicas, sem perder a agilidade e a eficiência que caracterizam o nosso ADN digital.

Esta transição foi, sem dúvida, exigente, mas permitiu-nos crescer, diversificar e estar ainda mais próximos das pessoas, sempre com o compromisso de simplificar a vida financeira dos nossos clientes.

Este trabalho de alinhamento e acompanhamento é a base da relação de confiança e de negócio que temos com os nossos franchisados.

 

Que fatores considera essenciais para o sucesso de uma franquia em Portugal?

Para o sucesso de uma franquia, é essencial existir um modelo de negócio sólido e um franchisador presente e disponível.

No Doutor Finanças, essa presença traduz-se na transparência, no apoio permanente e na formação contínua – pilares centrais do nosso modelo. Acreditamos que o franchising só é verdadeiramente bem-sucedido quando o crescimento é partilhado, quando o franchisador se compromete com o sucesso do franchisado e vice-versa.

É igualmente fundamental garantir rigor na seleção dos parceiros, qualidade no acompanhamento operacional e uma comunicação próxima e colaborativa, de modo a garantir que a missão do Doutor Finanças é respeitada e vivida em cada uma das lojas da rede.

O reconhecimento do Selo de Excelência, atribuído pela Associação Portuguesa de Franchising, vem reforçar essa visão e valida a consistência do nosso modelo. Estes resultados refletem aquilo em que acreditamos: uma relação de confiança e partilha de propósito entre franchisador e franchisados constitui a base de um crescimento sólido e sustentável.

 

Como definiriam o ADN da marca Doutor Finanças e de que forma ele se reflete no modelo de franchising?

No Doutor Finanças acreditamos que o nosso ADN se traduz nos valores que nos guiam desde o primeiro dia: paixão, rigor, autenticidade, inovação e proximidade. São estes princípios que moldam a forma como trabalhamos, nos relacionamos com os clientes e construímos a nossa rede.

A paixão move-nos a ajudar as pessoas a alcançarem o seu bem-estar financeiro. O rigor garante que cada decisão é tomada com base em informação sólida e em total transparência. A autenticidade define a forma como comunicamos e atuamos, sempre com verdade e integridade. A inovação está presente na tecnologia e nas soluções que desenvolvemos, e a proximidade é o que nos distingue, tanto no digital como nas lojas da nossa rede.

No modelo de franchising, estes valores ganham expressão prática: são a base da relação de confiança que construímos com os nossos franchisados e que estes, por sua vez, replicam junto dos clientes. É isso que torna o Doutor Finanças mais do que uma marca, somos uma comunidade que partilha propósito, ética e vontade genuína de fazer a diferença.

 

Que papel desempenham os franchisados neste crescimento e como são selecionados e apoiados?

Os franchisados são parceiros estratégicos e fundamentais na nossa trajetória de crescimento. São eles que asseguram que o Doutor Finanças está presente em todo o território nacional, mantendo o padrão de qualidade e confiança que nos caracteriza.

O processo de seleção é rigoroso: procuramos empreendedores que partilham os valores éticos e humanos da marca. Avaliamos critérios técnicos, regulatórios e comportamentais, e só depois iniciamos o processo de integração.

O apoio é contínuo, desde a formação inicial e o apoio na abertura da loja, até ao acompanhamento operacional e comercial. Mantemos uma relação próxima, através de reuniões regulares e convenções, o que reforça o sentimento de pertença e colaboração dentro da rede.

É esse equilíbrio entre autonomia local e apoio centralizado que explica o nível de satisfação e confiança que hoje caracteriza a Rede Doutor Finanças.

 

Quais são os próximos passos para o Doutor Finanças em termos de expansão nacional e, eventualmente, internacional?

O nosso foco imediato é consolidar a presença nacional, alcançando 110 lojas até ao final de 2025 e reforçando a qualidade e consistência da operação.

O objetivo central é o de construir a melhor rede de intermediação em Portugal. Não estamos focados na quantidade de lojas. Estamos focados na garantia da qualidade do serviço que prestamos e em estarmos perto da população.

O objetivo é continuar a afirmar o Doutor Finanças como referência no aconselhamento financeiro independente, combinando tecnologia com uma rede de proximidade humana.

 

Existem planos para diversificação do portfeólio de serviços dentro das franquias?

A missão do Doutor Finanças é acompanhar o cliente em todas as fases da sua vida financeira, e isso inclui todas as dimensões daquilo a que chamamos o ecossistema da casa. Já alargámos a atuação das lojas às áreas de seguros, investimento (com o PPR SGF Doutor Finanças) e imobiliário, e estamos agora a dar um passo seguinte, testando um projeto-piloto que vai estender o nosso apoio nas utilities, através do apoio nos contratos de eletricidade, gás e telecomunicações.

O objetivo é que, ao pensar em comprar ou trocar de casa, o cliente encontre no Doutor Finanças um verdadeiro parceiro para todo o processo – do crédito ao fornecedor de energia – reforçando a nossa ambição de sermos a “one stop shop” Este projeto-piloto, resulta de um pedido claro dos nossos clientes e reflete o nosso compromisso em responder, de forma integrada, às várias necessidades financeiras e quotidianas dos portugueses. Esta será uma das novidades a entrar em força em 2026.

 

Que tendências veem para o franchising em Portugal nos próximos anos e como o Doutor Finanças se prepara para tirar partido dessas oportunidades?

Nos próximos anos, o franchising em Portugal será cada vez mais marcado pela profissionalização, pela tecnologia e pela sustentabilidade. Os franchisados procurarão marcas com propósito, apoio constante e impacto real nas comunidades.

Acreditamos que o futuro do franchising passa por modelos híbridos, que combinem tecnologia com a relação humana de proximidade, exatamente o que temos vindo a construir.

No Doutor Finanças estamos preparados para esse futuro: temos uma plataforma tecnológica integrada, uma rede de apoio estruturada e uma marca reconhecida pela sua ética e qualidade, agora distinguida com o Selo de Excelência da Associação Portuguesa de Franchising.

Queremos continuar a ser um exemplo de franchising português de nova geração, que alia inovação, responsabilidade social e crescimento sustentável, colocando sempre as pessoas, sejam clientes ou franchisados, no centro do nosso propósito.

 

 

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