A Caixa Geral de Depósitos (CGD) colocou à venda os bens do recheio da casa de Joe Berardo, tendo em vista obter receitas para pagar parte da dívida superior a 310 milhões de euros do grupo do empresário e o leilão termina hoje, pelo que se é um dos que quer participar, é o último dia que tem para o fazer.
O preço-base dos bens, que incluem bandejas de prata, móveis e esculturas de bronze varia entre o mínimo de 30 euros e o máximo de 28 mil euros. São no total 41 objetos à venda, com um valor-base de receita total de 98 mil euros, o que não será suficiente para cobrir a dívida.
A herança da mulher de Berardo interpôs, em 2023, uma ação cível contra a CGD onde requer que seja declarada nula a venda dos bens arrestados já efetuada e reivindica ainda ser titular da quota de 50% dos bens arrestados já vendidos ou cuja venda ocorra no futuro.
Está ainda à venda um lote de 4.156.978 ações da empresa de vinhos Bacalhôa, sendo o valor base de 4,156 milhões de euros (cada ação tem valor nominal de um euro). No ‘site’ e-leilões é explicado que estas ações têm um penhor a favor do banco BCP, “que já reclamou créditos nos presentes autos e foi graduado em primeiro lugar”.
Tendo em conta a informação disponível no portal de informação de empresas Racius, estas ações da Bacalhôa equivalem a mais de 5% do capital social.
De acordo com o Correio da Manhã, “a Caixa avançou com a venda dos bens do recheio da casa na avenida Infante Santo, na qual Berardo reside, com vista a obter receitas que permitam pagar parte da dívida milionária” ao banco público. A Fundação Berardo, segundo relatório e contas consultado pelo diário, tem uma dívida à CGD superior a 310 milhões de euros.
O jornal diz ainda que a conclusão da venda dos bens terá que aguardar por uma decisão no processo posto pela mulher de Berardo que pede a nulidade, por ser dona de parte dos bens enquanto herdeira.
O e-leilões.pt é uma plataforma desenvolvida pela Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução para a venda de bens através de leilão eletrónico.
O empresário e colecionador de arte José Berardo, conhecido como ‘Joe’ desde que fez fortuna na África do Sul, tem várias dívidas à CGD e a outros bancos por créditos incumpridos que levou a processos judiciais e arresto de bens, incluindo a coleção de obras de arte.














