O presidente russo, Vladimir Putin, garantiu, esta sexta-feira, que as suas exigências para Kiev, formuladas no verão de 2024, permanecem inalteradas. Durante um encontro com o ditador da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, Putin também avaliou “positivamente” o progresso nas negociações em Istambul e declarou a necessidade de discutir as condições para uma “paz de longo prazo sem limites de tempo”.
De acordo com os relatos dos media russos, Putin terá apontado que se a Ucrânia não estiver pronta para negociações, a Rússia pode esperar.
Já Lukashenko, sentado ao lado de Putin, gabou-se de que Moscovo poderia capturar tudo. “Num mês, um mês e meio, dois, os russos vão capturar tudo”, sublinhou, sendo corrigido por Putin, que reforçou as suas reivindicações territoriais. “Vamos retomá-lo, é nosso.”
Sobre as expectativas de outros participantes do processo, Putin aludiu a posição de Donald Trump, observando que “deceções geralmente vêm de expectativas excessivas”. “Os detratores falaram da necessidade da derrota estratégica da Rússia no campo de batalha, mas hoje eles têm uma paixão diferente: deter a ofensiva russa a todo o custo”, apontou o presidente russo.
Putin afirmou que uma resolução pacífica para a sua invasão só é possível através de um processo de negociação “não público”, um processo que, segundo o líder do Kremlin, requer “discussões calmas e completas, sem câmaras nem ruído político”.
“É exatamente por isso que propusemos a criação de três grupos”, acrescentou. “Em geral, a reação do lado ucraniano foi positiva. Concordámos que poderíamos conduzir tais negociações sem câmaras, sem qualquer clamor político, num ambiente calmo, e procurar compromissos”, disse Putin.














