Putin aperta a malha do recrutamento na Rússia: multas aumentam 10 vezes para quem fugir à convocatória militar

Primeira mobilização ocorreu em setembro de 2022, que visou adicionar 300 mil soldados às forças armadas

Francisco Laranjeira
Agosto 5, 2023
13:00

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou este domingo uma nova lei que aument significativamente as multas para aqueles que tentarem evitar as convocações militares, o que faz crescer as hipóteses de uma segunda ordem de mobilização para reforçar as suas forças na Ucrânia.

Anteriormente, os russos que não se apresentassem num gabinete de registo militar enfrentavam multas de entre 500 e 3 mil rublos (entre 4,9 e 29,6 euros) – com a nova legislação, a multa fixa para para 30 mil rublos (quase 300 euros), com multas mais elevadas de 400 e 500 mil rublos (3,95 mil e 4,9 mil euros) e de 60 e 80 mil rublos (entre 593 e 791 euros) para pessoas jurídicas e funcionários do Governo russo, respetivamente, por não apresentar listas de registo militar aos recrutadores.

A intenção do Kremlin em apertar a malha do recrutamento é evidente: recorde-se que a primeira mobilização ocorreu em setembro de 2022, que visou adicionar 300 mil soldados às forças armadas. De acordo com os analistas, uma segunda mobilização teria um impacto significativo na economia da Rússia – a primeira motivou milhares de russos a fugir do país.

Em abril último, Putin assinou uma lei que permitiu a convocatória digital para recrutas, o que dificultou que os cidadãos negassem instruções para se apresentar ao recrutamento. Por último, o Parlamento russo aprovou um pacote legislativo que ampliou a janela de idade em que os russos devem cumprir um ano de serviço militar – passou de entre 18 e 27 anos para entre 18 e 30 anos.

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