A semana que agora termina nos mercados
- Os mercados acionistas globais apresentam correções, com quedas generalizadas nos principais índices. O dólar norte-americano voltou a ganhar força, enquanto o preço do petróleo registou novas valorizações.
- A época de resultados trimestrais nos EUA teve como destaque as gigantes tecnológicas — Meta, Google, Microsoft, Amazon e Apple, entre outras — cujos desempenhos, de forma geral, superaram as estimativas dos analistas, demonstrando resiliência e capacidade de crescimento no meio de um contexto económico ainda incerto.
- Do lado macroeconómico, os dados divulgados ao longo da semana reforçaram a robustez da economia norte-americana. Indicadores como os pedidos semanais de subsídio de desemprego e o relatório da ADP evidenciaram um mercado laboral sólido. Adicionalmente, os PMIs e o crescimento do PIB confirmaram a continuidade do dinamismo económico dos EUA. A inflação mantém-se resiliente, levando a FOMC a optar por manter as taxas de juro inalteradas, enquanto o mercado reduz as expectativas para futuros cortes de juros, agora apenas a prever um até ao final do ano.
- Na Europa, os dados também têm vindo a mostrar sinais positivos, sobretudo na produção industrial e na evolução da inflação, que mostram que a economia voltou a melhorar. No entanto, os índices europeus corrigem, pressionados pelo acordo comercial com os EUA relacionado com tarifas, que poderá prejudicar mais a União Europeia do que inicialmente antecipado. Em termos empresariais, os resultados divulgados foram, no geral, apenas satisfatórios, sem grandes surpresas positivas.
Destaques da semana que vem
- 4 de agosto (2ª feira) – Nos EUA, serão divulgados os pedidos de bens duráveis, que servirão como termómetro da procura por investimentos empresariais.
- 5 de agosto (3ª feira) – Dia importante para a Europa, com a publicação dos PMIs dos serviços, indicadores fundamentais para avaliar a robustez do setor que tem sustentado o crescimento económico europeu. Prevê-se melhoria generalizada entre os principais países. Nos EUA, serão também revelados dados do comércio internacional, incluindo balança comercial, exportações e importações.
- 6 de agosto (4ª feira) – Destaque para a produção industrial na Alemanha e vendas a retalho na Zona Euro, ambos indicadores cruciais para a leitura da atividade económica na região.
- 7 de agosto (5ª feira) – No Reino Unido, saem as minutas da última reunião do BoE, que poderão fornecer pistas adicionais sobre a trajetória futura da política monetária. Nos EUA, teremos novamente os pedidos de subsídio de desemprego, bem como os dados de crédito ao consumo.
- 8 de agosto (6ª feira) – Semana termina com menor volume de informação, com destaque apenas para os dados do mercado laboral no Canadá.
Analistas da XTB














