Prestação do crédito à habitação sobe 77% desde janeiro de 2022: 1,4 milhões de famílias portuguesas afetadas

Recorde-se que em dezembro de 2021, as taxas Euribor bateram mínimos históricos: a três meses estava situada nos -0,605%, a seis meses nos -0,554% e, por último, a 12 meses, em -0,518%

Revista de Imprensa
Julho 28, 2023
9:03

No último ano e meio as taxas Euribor ‘dispararam’, o que penalizou em Portugal 1,4 milhões de agregados familiares, que viram aumentar em muito a prestação mensal ao banco. De acordo com o jornal ‘Expresso’, num empréstimo a 30 anos, spread de 1%, e indexado à Euribor a seis meses, o aumento cifra-se já em 77%; num crédito a 20 anos, a subida da prestação mensal ultrapassa 49%.

Recorde-se que em dezembro de 2021, as taxas Euribor bateram mínimos históricos: a três meses estava situada nos -0,605%, a seis meses nos -0,554% e, por último, a 12 meses, em -0,518%. O início de 2022 marcou o arranque do aumento e, desde então, não pararam de subir – em julho atingiram os valores mais altos desde novembro de 2008, embora abaixo dos máximos históricos registados em outubro de 2021, altura em que a Euribor a três meses ficou muito perto dos 5,4%, a Euribor a seis meses ultrapassou esse patamar, e a Euribor a 12 meses superou os 5,5%.

Em Portugal dominam os contratos de crédito à habitação com taxa variável, cerca de 93% dos contratos de pagamento no país, segundo dados do Banco de Portugal. No caso de um crédito de 100 mil euros, a 30 anos, spread de 1%, indexado à Euribor a seis meses, cuja prestação tenha sido atualizada em julho, o aumento desde janeiro de 2022 atinge já os 77%. A prestação mensal passou de cerca 297 euros para 526 euros, um aumento de 229 euros por cada 100 mil euros de dívida.

No caso de crédito à habitação de 150 mil euros, a prestação passou de cerca de 446 para 789 euros em julho, mais 343 euros. Se for um empréstimo a 20 anos, de 100 mil euros, spread de 1%, e indexado à Euribor a seis meses, o agravamento da prestação ultrapassa já os 49% – de 346 para perto de 650 euros, mais 214 euros mensais.

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