Prémios Emmy adiados devido às greves em Hollywood. Cerimónia pode realizar-se só em janeiro de 2024

Como habitual, a gala de entrega dos prémio Emmy, considerados os Óscares da televisão’, estava marcada para setembro mas, devido à greve de atores e argumentistas nos EUA, o evento foi adiado o poderá realizar-se só em janeiro do ano que vem.

Pedro Gonçalves
Julho 28, 2023
11:54

Como habitual, a gala de entrega dos prémio Emmy, considerados os Óscares da televisão’, estava marcada para setembro mas, devido à greve de atores e argumentistas nos EUA, o evento foi adiado o poderá realizar-se só em janeiro do ano que vem.

A Variety adianta que vendedores, produtores e outros envolvidos na gal já foram informados do adiamento, que ainda não foi oficialmente anunciado pela organização.

Fonte próxima do processo revelou à AFP que ainda não houve um anúncio formal porque ainda está a ser decidido em que dia agendar a cerimónia

Recorde-se que os sindicatos de atores e de argumentistas de Hollywood estão em grive simultânea, na maior paralisação na industria do cinema norte-americana dos últimos 63 anos.

Caso a gala de entrega dos Emmy se realizasse na data prevista, corria-se o risco de não haver estrelas para desfilar na passadeira vermelha. Da mesma forma não haveria guião para os apresentadores e convidados lerem no teleponto.

Segundo os meios de comunicação dos EUA, a FOX, que transmitiria a cerimónia dos prémios Emmy este ano na televisão, tem estado a pressionar para um adiamento até janeiro, para dar tempo de as greves poderem estar resolvidas até essa altura.

A paralisação em Hollywood tem obrigado a parar todos os processos de produção de filmes e séries de televisão, com exceções para os reality-shows e programas de jogos/concursos. Os membros dos sindicatos estão também proibidos de promoverem filmes ou séries em que apareçam, pelo que muitas presenças nos Emmy estariam logo à partida canceladas.

A última vez que os prémios Emmy foram adiados foi em 2001, em que a cerimónia foi mudada para depois, no seguimento dos ataques terroristas de 11 de setembro.

A greve dos argumentistas dura desde maio e a dos atores teve início há duas semanas.

Tanto o sindicato dos argumentistas como o dos atores consideram que os modelos de negócio do ‘streaming’ pioraram os salários e as condições de trabalho neste setor.

No caso dos argumentistas, o sindicato reivindica “um novo contrato com pagamento justo” que reflita o valor dos contributos dos guionistas para o sucesso das empresas e inclua proteções “para garantir a sobrevivência da escrita como profissão sustentável”.

Já o sindicato dos atores lembra que na última década a remuneração dos intérpretes e ‘performers’ foi “severamente desgastada pela ascensão do ecossistema de ‘streaming'”, e o desenvolvimento da Inteligência Artificial passou a representar “uma ameaça existencial para as profissões criativas”.

A edição deste ano dos Emmy é liderada pela última temporada da série “Succession”, criada por Jesse Armstrong, exibida no ‘streaming’ pela HBO Max, com 27 nomeações.

Com 24 nomeações surge “The Last of Us”, a transposição de um videojogo para série de ficção.

As outras duas séries mais nomeadas são “The White Lotus” e “Ted Lasso” (Apple TV), com 23 e 21 nomeações, respetivamente.

Destaque ainda para a série “O gabinete de curiosidades de Guillermo del Toro”, deste autor mexicano para a Netflix, que valeu uma nomeação para o luso-canadiano Luís Sequeira numa categoria de guarda-roupa em conjunto com Ann Steel e Heather Crepp.

 

*Com Lusa

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