O pacote anual de 3 mil milhões de euros arrecadado com os lucros dos ativos russos congelados é “quase nada” no contexto das necessidades de guerra da Ucrânia, defende o ministro da Justiça de Kiev, Denys Maliuska, em declarações ao jornal ‘POLITICO’.
Recorde-se que a UE aprovou, esta quarta-feira, um plano para utilizar os lucros gerados pelo investimento de ativos russos congelados na Europa – num valor entre 2,5 e 3 mil milhões de euros por ano – para comprar armas para a Ucrânia.
No entanto, enquanto a Ucrânia enfrenta a escassez de munições, o ministro da Justiça do país criticou até onde esses fundos poderiam ir. “Se estamos a falar das necessidades da Ucrânia e das necessidades da guerra, militares e não militares, 3 mil milhões de euros são, na verdade, quase nada – precisamos de centenas de milhares de milhões para vencer a guerra”, indica Maliuska na reunião dos ministros da Justiça do G7 em Veneza, esta quinta-feira. No entanto, “é um bom primeiro passo”.
Desde que Moscovo lançou a sua invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a UE imobilizou mais de 200 mil milhões de euros em ativos estatais russos para ajudar os esforços de reconstrução de Kiev.
“O Governo ucraniano realmente gostaria de obter o confisco total dos bens russos e realmente acredita que isso é legal e que esta é a única abordagem que será decisiva em termos da resolução da guerra”, acrescentou o ministro.
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