Portugueses são os que mais sentem perda do poder de compra e aumento dos preços entre os europeus

O Observatório Cetelem divulgou recentemente os resultados do seu Barómetro Europeu do Consumo, destacando as preocupações dos consumidores em Portugal em relação ao aumento das despesas domésticas.

André Manuel Mendes
Maio 10, 2024
12:45

O Observatório Cetelem divulgou recentemente os resultados do seu Barómetro Europeu do Consumo, destacando as preocupações dos consumidores em Portugal em relação ao aumento das despesas domésticas.

De acordo com o estudo, que analisa a perceção dos consumidores europeus sobre a sua situação pessoal, a situação geral do país e os hábitos de consumo nos últimos 12 meses, uma parcela significativa dos portugueses expressou inquietação em relação às suas finanças.

Um ponto de destaque do estudo foi o aumento das despesas com alimentos. Enquanto a média europeia de aumento do orçamento alimentar nos últimos 12 meses ficou em 65%, em Portugal esse número foi um pouco mais baixo, com 53% dos consumidores indicando um aumento de gastos nesta área.

Essa tendência também se refletiu nas despesas energéticas, onde apenas 53% dos portugueses relataram um aumento no orçamento, contrastando com a média europeia de 66%.

Além disso, o estudo revelou uma perceção generalizada de queda no poder de compra entre os consumidores portugueses, com 45% a afirmarem que o seu poder de compra diminuiu nos últimos 12 meses. Essa preocupação é corroborada pela visão sobre o aumento de preços, com 81% dos entrevistados em Portugal a perceberem um aumento significativo nos preços no último ano.

Apesar dessas preocupações, os consumidores portugueses mantiveram uma avaliação relativamente estável da sua situação pessoal e da situação geral do país, com uma média de 5,8 e 5,0 respetivamente, numa escala de 1 a 10.

O estudo também abordou as principais preocupações dos consumidores portugueses, destacando a inflação e o poder de compra como as principais questões que mais os afligem. Além disso, houve um aumento na intenção de poupança para o próximo ano, com 61% dos portugueses a indicarem que pretendem aumentar as suas economias nos próximos 12 meses.

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