Portugal lidera paridade de género na UE mas apenas 6% dos CEO são mulheres

Portugal lidera a incorporação das mulheres no mercado de trabalho na União Europeia, tendo atingido 50% da população ativa. No entanto, em termos de cargos executivos, apenas 6% dos CEO são mulheres.

Estas são as conclusões do estudo “Women Matter” realizado pela McKinsey & Company, que analisou 45 empresas em Portugal e Espanha que empregam mais de 300 mil pessoas.

Apesar de Portugal se destacar nas questões de equidade laboral, a desigualdade de género no mercado de trabalho mantém-se e as mulheres continuam a enfrentar uma situação de disparidade na progressão profissional, ocupando apenas 6% dos cargos de liderança.

O mesmo acontece para as posições superiores, onde as mulheres portuguesas ocupam apenas 16% destes lugares, em comparação com uma representação média europeia de 22%.

O nosso país ocupa atualmente o 15.º lugar no Índice de Igualdade da União Europeia e o 29.º no Índice Global de Desigualdade de Género do Fórum Económico Mundial.

“Além dos benefícios óbvios em termos de igualdade de género, foi demonstrado que a liderança feminina tem um impacto positivo no bem-estar dos trabalhadores, uma vez que as gestoras de topo colocam maior ênfase no desenvolvimento profissional da equipa, no apoio aos colaboradores mais jovens, no bem-estar dos empregados e na flexibilidade do trabalho”, afirma Joana Magalhães Silva, sócia associada da McKinsey e co-líder do estudo.

Esta afirmação é sustentada nos dados do estudo que revela que 79% dos colaboradores em empresas com uma elevada percentagem de liderança feminina estão satisfeitos com a sua organização, em comparação com 65% de satisfação em empresas com baixa presença de mulheres em cargos de topo.

Outro dado apresentado no estudo é que Portugal é o país com a taxa de emprego mais elevada para mulheres entre os 20-49 anos com filhos, mais de 80% em comparação com a média europeia de 64,1%.

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