Por que cada vez mais automóveis exibem um logótipo luminoso?

No panorama automóvel atual, o logótipo não se limita mais a ser um simples emblema pintado ou gravado. Transforma-se numa assinatura luminosa que comunica identidade, mesmo à distância

Automonitor
Outubro 6, 2025
14:29

No panorama automóvel atual, o logótipo não se limita mais a ser um simples emblema pintado ou gravado. Transforma-se numa assinatura luminosa que comunica identidade, mesmo à distância. De acordo com o artigo publicado no site ‘Motor1’, essa tendência emergente responde tanto a evoluções técnicas quanto estilísticas.

A luz como rosto da identidade

Num ambiente em que várias viaturas partilham proporções semelhantes e as grades dianteiras estão a desaparecer, o logótipo iluminado torna-se uma presença visual distintiva. As marcas elétricas são as que mais rapidamente adotam essa solução, já que a identidade não se apoia em características mecânicas ou tradicionais, mas numa “marca visual” capaz de se destacar em tráfego ou em zonas urbanas à noite.

Regulamentação: o que mudou para permitir logos iluminados

Durante muitos anos, os regulamentos europeus proibiam a iluminação direta dos emblemas, por receio de que pudesse distrair ou confundir outros utilizadores da estrada. Foi apenas com a atualização das normas UN/ECE R48, R148 e R149, a partir de 2019, que a situação se flexibilizou: agora é possível homologar logótipos retroiluminados, desde que cumpram certas condições — não podem piscar, provocar encandeamento, e têm de usar luz branca à frente e vermelha atrás, além de estarem colocados em zonas permitidas e a uma altura definida.

No entanto, a homologação de logótipos iluminados na traseira é mais restrita: só é possível se estiverem integrados nos faróis de posição com cor vermelha. Ainda assim, o presente já dá sinais de que o futuro poderá permitir mais liberdade, com conceitos como a BMW i Vision Dee antecipando emblemas dinâmicos ou telas frontais interativas.

Quem já aposta (e como) nos logos iluminados

Marcas como BMW e Mercedes já introduziram versões com logo retroiluminado em variantes das suas linhas X, iX, AMG e EQ. No grupo Volkswagen, modelos como o ID.4 e ID.5, bem como algumas versões da Golf, já exibem emblemas centrais iluminados em branco, complementados por faixas LED dianteiras. A Cupra também se destaca com triangular LED junto ao seu logótipo.

Na Ásia, particularmente na China, a adoção é ainda mais ousada: veículos com logotipos luminosos abundam em salões automóveis, com marcas como BYD, Geely e Xpeng a explorar de forma criativa jogos de luz. O Motor1 aponta que o logótipo da Xpeng P7, por exemplo, ilumina de forma discreta sobre o capô, reforçando a identidade visual da marca.

Do tamanho à luz: ganhar presença visual

Antes da explosão dos logos iluminados, já se notava uma tendência para aumentar o tamanho dos emblemas — um reflexo das novas proporções dos veículos e da perda de destaque das grades frontais. Modelos como o Kia EV9 ou o Hyundai Ioniq 6 mostravam essa escalada. Contudo, como afirma o ‘Motor1’, foi com a iluminação que o logótipo ganhou verdadeira “voz visual”, transformando-se num elemento que capta atenção e reforça presença.

Olhando para o futuro, espera-se ainda mais inovação: logótipos dinâmicos, painéis OLED frontais capazes de exibir mensagens ou cores diferentes conforme modo de condução, ou mesmo “hud visuais” que mudam segundo o estado do veículo. O logótipo será menos um símbolo estático e mais um dispositivo comunicativo em si.

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